Preso, líder de entregadores de app assume incêndio à estátua de Borba Gato

Paulo Galo entregou-se voluntariamente e prestou depoimento; disse que atitude “foi para abrir debate”

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Foi preso em São Paulo nesta 4ª feira (28.jul.2021) Paulo Lima, líder dos Entregadores Antifascistas, no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo. Ele é investigado como um dos autores do incêndio da estátua de Borba Gato.

Lima entregou-se voluntariamente e prestou depoimento. Em nota à imprensa publicada em seu perfil oficial no Twitter, é informado que a decisão da prisão é temporária depois do militante ter se apresentado.

O perfil afirma que Paulo comentou na ocasião do incêndio que “para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”.

De acordo com informações publicadas em sua rede social por meio de uma nota, um mandado de busca e apreensão para a residência de Paulo havia sido expedido para um endereço errado. Por esse motivo, o líder do movimento de entregadores de app foi ao Distrito Policial para informar seu endereço correto e autorizar possíveis buscas.

Além dele, Danilo Oliveira e a mulher de Paulo, Géssica, também compareceram para contribuir nas investigações. De acordo com a nota, somente Oliveira participou do ato. A companheira de Lima também recebeu uma expedição de mandado de prisão temporária.

A defesa de Paulo Lima está sendo feita pelo escritório Jacob e Lozano.

Manifestantes atearam fogo na estátua do bandeirante Borba Gato instalada na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, na Zona Sul de São Paulo. O ato foi na tarde de sábado (24.jul).

Pneus em chamas foram colocados ao redor do monumento no mesmo dia em que ao menos 488 atos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão marcados no Brasil e em várias cidades do mundo.

A restauração da estátua será custeada por um empresário, cuja identidade não foi divulgada. A informação foi compartilhada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). As informações são do O Estado de São Paulo.

Manuel de Borba Gato foi um bandeirante paulista. A estátua que o homenageia, inaugurada na década de 60, gera polêmica entre os que afirmam que Borba Gato está diretamente ligado a perseguições, mortes e escravização de índios e negros durante o período colonial. Não é a 1ª vez que o monumento é alvo de manifestantes. Em 2016, a estátua foi pichada com tintas coloridas.

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Fonte poder360
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