Prefeitura de SP proíbe o funcionamento do comércio; apenas farmácias e supermercados ficarão abertos
Por meio de decreto, o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) anunciou que a partir da próxima sexta-feira (20), apenas restaurantes e farmácias poderão funcionar. A medida foi tomada por meio de decreto assinado nesta quarta-feira (18).
A ação foi estendida até o próximo dia 5 de abril, por conta do número crescente de coronavírus da capital paulista.
Segundo o prefeito, a restrição atinge apenas os atendimentos presenciais do comércio. As lojas poderão continuar vendendo produtos através do telefone ou das vendas online.
“As lojas poderão continuar a funcionar para balanços, entregas delivery, inventário, pequenas reformas. Mas atendimento presencial fica proibido a partir de sexta-feira”, disse o prefeito de São Paulo.
Entre os estabelecimentos que não estão incluídos na restrição estão: padarias, farmácias, restaurantes e lanchonetes, supermercados, postos de gasolina, lojas de conveniência e produtos para animais e feiras livres.
Apesar da permissão, os restaurantes, por exemplo devem seguir algumas regras como: distância mínima entre as mesas, ações de limpeza e álcool gel para os clientes, além de informações sobre o Covid-19.
Caso a medida seja desrespeitada, o decreto permite que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) remova das ruas os ambulantes que desobedecerem a determinação.
“Todos os dias os casos de coronavírus crescem de 40 a 50% aqui na cidade de São Paulo e isso nos leva a tomar mais medidas para conter a epidemia. Nós estamos entendendo todos os dias como é que a doença se comporta e, baseado nas equipes técnicas, temos ampliados as medidas para segurar o avanço do vírus”, declarou o prefeito.
“Todo mundo vai perder. Nós estamos chamando os empresários donos de shoppings, restaurantes, bares e cinemas para tentar diminuir os prejuízos para todos. Esse R$1,5 bilhão que nós estamos falando diz respeito apenas à receitas de ISS, ITBI e outros impostos que deixarão de entrar nos cofres da cidade por conta da recessão que nós estamos vislumbrando neste ano. Nós já trabalhos com uma possível retração de menos 1% no PIB [Produto Interno Bruto] para 2020, que vai impactar os cofres da cidade de São Paulo”, explicou Covas.