Lula recebe quatro ministros após volta a Brasília em meio a pendências no Congresso

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De volta a Brasília após passar a maior parte do fim de semana em São Paulo, para onde viajou na sexta-feira, 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta segunda-feira, 29, quatro ministros no Palácio do Planalto. Os encontros ocorrem em meio a novos contratempos do governo na relação com o Congresso. O chefe do Executivo desembarcou na capital federal na noite de domingo.

Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou as posturas do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

O Senado recorreu da decisão liminar em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspendeu a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que geram mais de 9 milhões de empregos e dos municípios de pequeno e médio porte — a medida havia sido aprovada pelo Congresso.

Para Pacheco, a petição da AGU, que motivou a liminar traça um cenário “catastrófico” e foi um erro técnico e político. O parlamentar cobrou o governo a apresentar um plano de redução de gastos, enquanto Haddad, no dia seguinte, afirmou que o Congresso também deveria ter responsabilidade fiscal. Na tréplica, Pacheco afirmou que o titular da Fazenda foi “injusto” e que preocupação com as contas públicas não significa aderir à agenda do Executivo. Messias, por sua vez, disse estar “aberto ao diálogo institucional”.

Haddad é um dos integrantes do primeiro escalão que serão recebidos por Lula, no fim da tarde. O ministro também está às voltas com a regulamentação da Reforma Tributária. Um dos projetos já foi entregue à Câmara dos Deputados.

Lula vai se reunir ainda com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que embasou o veto presidencial ao projeto que impõe restrições à “saidinha” de presos. A tendência é que o veto seja derrubado pelos parlamentares, mas o Planalto ganhou fôlego na semana passada com o adiamento da sessão do Congresso.

Também estão na agenda de Lula os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, que recebeu críticas recentes até mesmo de governistas por falhas na divulgação do projeto que regulamenta o trabalho por aplicativos, e a ministra de Gestão, Esther Dweck, que liderou as negociações de reajustes com os servidores de institutos federais que fizeram greve.

 

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