Governo fiscaliza abuso no preço dos combustíveis no RS, mas diz que prioridade é abastecimento
Segundo Silveira, a fiscalização alcançará, “com rigor da lei”, aqueles que “querem se aproveitar do momento”.
Sobre as estratégias para garantir a manutenção do abastecimento de combustível e de gás de cozinha, o ministro disse que, além de obras emergenciais para a retomada do trânsito de caminhões, o governo também tem dialogado com distribuidoras para o aumento de equipes.
“Pedimos para que todas as distribuidoras tragam equipes de fora e que utilizem os acessos rodoviários transitáveis. Para que, em qualquer circunstância, não falte suprimento, sobretudo em pontos essenciais que atendem a coletividade”, afirmou Silveira.
Barragens monitoradas
O ministro Alexandre Silveira também afirmou que as três barragens de rejeitos de carvão mineral do Rio Grande do Sul estão sendo monitoradas e seguras. “Estamos fazendo um trabalho de monitoramento integrado com o Estado”, informou à CNN.
O governo gaúcho, juntamente com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS), atualiza, diariamente, o risco de rompimento de barragens no Estado.
Na quinta-feira, seis estavam com “risco de ruptura iminente”, sendo três delas no município de Bento Gonçalves. Contudo, não são de rejeitos minerais.
Conforme o relatório mais recente da Agência Nacional de Mineração (ANM), o Rio Grande do Sul tem três barragens de rejeitos de carvão mineral. A maior delas é a Bacia de Finos da Mina do Recreio, em Butiá.
Redução de conta de energia de moradores do RS
Silveira ainda afirmou, nesta sexta, que o governo federal avalia medidas a serem adotadas para reduzir o impacto econômico aos moradores do Rio Grande do Sul a partir das contas de energia elétrica.
“Precisamos dimensionar os custos e, criativamente, se possível com recursos de eficiência energética, do superávit de Itaipu, ou seja, dentro do próprio sistema elétrico, buscar soluções para reduzir o impacto econômico da tragédia”, disse o ministro em entrevista à CNN.
“Não há de se falar de cobrar energia de pessoas em áreas alagadas. E também em regiões afetadas economicamente com essa tragédia”, afirmou Silveira. Segundo o ministro, todas as frentes estão sendo avaliadas para definir o que poderá ser feito para alívio das cobranças.
O Rio Grande do Sul, que sofre com as piores enchentes de sua história, chegou a ter 560 mil unidades consumidoras com o serviço de energia elétrica interrompido. Na atualização desta sexta-feira, 360 mil seguem sem energia, o que corresponde a cerca de 1,2 milhão de pessoas.