Estudantes criticam nova data do ENEM nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021

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As três principais entidades estudantis brasileiras criticaram nesta quarta-feira (8), por meio de nota oficial, a nova data para as provas do ENEM nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Para UNE, UBES e ANPG, a nova data foi escolhida por poucos coletas (enquete) que tiveram acesso à internet.

De acordo coma nota, a cada quatro candidatos ao ENEM, três têm dificuldades para se conectar à internet. “Por isso, questionamos a enquete realizada com datas sem critérios e a falta de soluções, por parte do governo, para as dificuldades apresentadas.”

As organizações estudantis anunciaram que irão lutar por novas datas para o ENEM e pela formação de uma Comissão de Crise na Educação.

UNE, UBES e ANPG denunciam ainda no documento que o Ministério da Educação permanece sem ministro, o que nos preocupa ainda mais sobre a decisão das datas.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), seis milhões de estudantes estão inscritos para as provas do ENEM.

Leia a íntegra das entidades estudantis:

Nota das entidades estudantis sobre as datas da realização do ENEM

Nesta quarta, 8 de julho, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) apresentou dados sobre o ENEM. Entre eles, a informação de que a cada quatro candidatos, três têm dificuldades com a internet. Alertamos desde o início de nossa mobilização pelo adiamento da prova que a exclusão digital é um dos problemas que os estudantes brasileiros enfrentam nesse momento de pandemia. Por isso, questionamos a enquete realizada com datas sem critérios e a falta de soluções, por parte do governo, para as dificuldades apresentadas.

Agora, a data escolhida pelos poucos estudantes que conseguiram votar não foi levada em conta. A escolha feita pelo Ministério da Educação, de realizar a prova nos dias 17 e 24 de janeiro, demonstra que não existe um diálogo verdadeiramente democrático com os estudantes, profissionais da educação e saúde. Durante o período em que foi realizada uma consulta cujo resultado não foi levado em consideração, o diálogo aberto com todos os segmentos poderia nos ter apresentado a saída. Vamos continuar lutando, além de recorrer por todos meios cabíveis, para que haja a formação de uma Comissão de Crise para discussão das novas datas, que envolva não só Reitores e Secretários de Educação, mas também representação de estudantes, professores e outros especialistas em educação e em saúde.

Enquanto estudantes brasileiros continuam aflitos, o Ministério da Educação permanece sem ministro, o que nos preocupa ainda mais sobre a decisão das datas. Para que possamos superar a pandemia causada pelo novo coronavírus, a educação precisa estar no debate central. É dela que saem as pesquisas e é por meio dela que transformamos vidas. Estamos falando sobre o futuro de milhões de jovens brasileiros e, por isso, é preciso ter responsabilidade!

  • UNE – União Nacional dos Estudantes
  • UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
  • ANPG – Associação Nacional dos Pós-graduando
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Fonte esmaelmorais
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