Bolsonaro se compromete a indicar ‘em breve’ ministro evangélico para o Supremo
Presidente discursou durante culto da Assembleia de Deus, em Manaus
MANAUS — Em um discurso de 15 minutos para cerca de 8 mil pessoas, segundo os organizadores, no templo da Assembleia de Deus, em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu nesta terça-feira a indicar em breve um ministro do Supremo evangélico, que como ele “lutará pela manutenção da família”.
— Pegamos o Brasil moral, ética e economicamente falido. Não sou evangélico, mas sou cristão. O meu governo lutará pela manutenção da família, porque nos governos anteriores colocavam até em livros escolares que (uma família) podia até ser formada por um juntamento de duas coisas. E tem duas vagas para ministro do Supremo, e um será cristão e evangélico — frisou Bolsonaro, olhando para o pastor e juiz William Douglas.
O discurso do presidente foi ouvido de pé pelos fiéis, que gritavam “glória a Deus” e “amém”. Após o culto, aliados do presidente coletavam assinaturas para a criação do partido da Aliança pelo Brasil.
A primeira cadeira a ser preenchida na Corte pelo presidente deverá ser a do atual decano, o ministro Celso de Mello. Ele vai aposentar em novembro do ano que vem, ao completar 75 anos.
A substituição do ministro se deve após aprovação em 2015 da chamada PEC da Bengala, que ampliou de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória no serviço público.
Bolsonaro também poderá indicar outro integrante do tribunal, durante o mandato. O ministro Marco Aurélio vai se aposentar no dia 12 de julho de 2021, também após completar 75 anos.