Bolsonarista é detido por injúria e calúnia contra o STF, Congresso e Ibaneis
Participou de ato no sábado (13.jun) Gravou vídeo proferindo insultos Foi solto ainda na noite de domingo
Renan da Silva Sena, apoiador do governo do presidente Jair Bolsonaro, foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal na tarde deste domingo (14.jun.2020). Ele foi levado à delegacia pelos crimes de calúnia e injúria, após divulgar vídeo com ofensas contra autoridades do STF (Supremo Tribunal Federal), do Congresso Nacional e ao governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB).
O bolsonarista foi solto logo depois, à noite, segundo informou o programa Fantástico, da Rede Globo.
Em vídeo, é possível ver quando os agentes surgem em 1 carro descaracterizado e abordam Renan da Silva Sena. No momento, o homem estava acompanhado de 1 grupo de bolsonaristas. Eles ainda tentaram impedir a detenção. Assista (55seg):
O vídeo que ocasionou a detenção de Renan foi gravado na noite de sábado (13.jun.2020) enquanto fogos de artifício eram disparados contra o Supremo. O ato foi em reação ao desmonte de acampamentos de integrantes do grupo “300 do Brasil” pelo governo do Distrito Federal.
“O acusado, 1 homem de 57 anos, fez gravação provável na data de hoje (domingo) e realizado na Praça dos Três Poderes nesta capital federal. O vídeo possui proferimento de injuria contra o governador do DF, além de proferir contra as instituições da República Federativa do Brasil (STF e o Congresso Nacional)”, diz a ocorrência.
Assista:
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, pediu a investigação dos responsáveis pelo ato. Foram acionadas por ele neste domingo (14.jun) a Polícia Federal, a PGR (Procuradoria Geral da República) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Também o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que investiga ataques ao Supremo e outras insitituições
A suposta omissão da polícia diante dos fogos de artifício dirigidos ao Supremo acabou resultando na demissão do subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Sergio Luiz Ferreira de Souza, que estava responsável pelo comando da corporação.
Sena já é indiciado por injúria por ter hostilizado enfermeiras que participavam de ato em memória a vítimas da covid-19. O episódio foi em 1º de maio. Frequentemente, ele também profere insultou a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada.