O Itamaraty aceitou ajuda de 10 milhões de libras, cerca de R$ 50 milhões, oferecida pelo Reino Unido para o combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O recurso teria sido proposto nessa terça-feira, ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O Planalto ainda não se manifestou sobre a oferta do Reino Unido. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, postou na rede social a ajuda para a Amazônia.
O porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça-feira, que a condição para receber qualquer ajuda externa é que o Brasil terá “governança total” sobre como será aplicado o recurso.
O militar afirmou que o governo estudará se é “possível acatar” a ajuda de 20 milhões de dólares, cerca de R$ 83 milhões, oferecida pelo G7. A polêmica sobre receber ou não este recursos envolve troca de acusações dos presidentes Jair Bolsonaro (PSL) e Emmanuel Macron, da França. O chefe de Estado brasileiro só admite aceitar a ajuda do G7 se Macron retirar os insultos proferidos contra Bolsonaro.
Lado Boliviano
O presidente boliviano, Evo Morales, saudou nessa terça-feira a decisão do G7 de conceder 20 milhões de dólares para combater incêndios na Amazônia, apesar de descrever a contribuição como “muito pequena” e considerar que não é uma ajuda, mas uma “obrigação”. “Saúdo também essa pequena, pequena, muito pequena contribuição do G7 de 20 milhões de dólares. Isso não é ajuda, faz parte de uma corresponsabilidade compartilhada, pois todos os povos têm a obrigação” de preservar o ambiente, disse o governante em entrevista à rádio Pan-Americana.
Reunidos na cidade francesa de Biarritz, os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) concordaram, na segunda-feira, em fornecer 20 milhões de dólares para combater o incêndio nos países amazônicos e, além disso, em enviar aviões-tanque.