Unitins e Embrapa renovam parceria estudos com arroz irrigado

Contrato de Cooperação Técnica foi renovado e visa dar continuidade aos trabalhos para o lançamento da BRSTO, uma variedade de arroz tocantinense.

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Que o arroz é um item extremamente essencial na mesa das famílias brasileiras não é nenhuma novidade, como também não é novidade a crescente demanda pelo produto e que o mercado espera cada vez mais por produtividade e qualidade.

O que muita gente, talvez, não saiba é que a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) trabalham juntas desde 2013 no desenvolvimento de novas cultivares de arroz, fortalecendo a rizicultura no Estado. O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil.

“Integração de esforços para a execução de trabalhos de pesquisa agropecuária, de interesse mútuo, consistente em pesquisa e desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz no Estado do Tocantins, visando à sustentabilidade econômica e ambiental” é o objeto do Contrato de Cooperação Técnica celebrado entre a Embrapa e a Unitins. O contrato de renovação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU Nº 171, de 4 de setembro).

Para o reitor da Unitins, professor Augusto Rezende, “a Embrapa é uma grande parceira da Unitins em função do histórico das pesquisas realizadas em conjunto. A Unitins e a Embrapa compartilham recursos humanos, recursos estruturais, físicos. Vários recursos dos projetos de pesquisa da universidade são frutos de repasse da Embrapa, que é referência agro no país. E essa integração garante consistência nos nossos projetos e que nos dão sempre muitos resultados”.

A diretora de Pós-Graduação da Unitins, professora Leda Verônica Benevides Dantas Silva, que responde interinamente pela pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), destacou que o convênio é extremamente estratégico para o desenvolvimento econômico e social do Estado, especialmente para a região das várzeas do Rio Araguaia.

“Os sete anos de parceria de pesquisa resultaram no desenvolvimento de cultivares de arroz de alta produtividade adaptadas às condições edafoclimáticas da região. Isto representou um significativo avanço tecnológico para a rizicultura regional uma vez que, até 2013, cerca de 80% das cultivares utilizadas pelos produtores do Tocantins eram oriundas da região sul do Brasil. Hoje este cenário se inverteu e cerca de 80% do arroz cultivado nas várzeas tocantinenses foi desenvolvido para essas condições de clima e solo”, afirmou Leda.

O diretor de Pesquisa Agropecuária da Unitins, pesquisador doutor Expedito Cardoso, explicou que essa renovação visa dar continuidade aos trabalhos para o lançamento da variedade tocantinense de arroz desenvolvida em parceria com a Embrapa, que é a BRSTO.

“Temos focado bastante nisso, pois é uma cultura trabalhada, do ponto de vista de genética e desenvolvimento de material, pelas instituições públicas, diferentemente de outras culturas, como a soja. O arroz é a base de alimentação do brasileiro e, ao mesmo tempo, tem uma demanda muito grande por materiais novos, produtividade e qualidade. Isso é o que buscamos com essa parceria, sempre disponibilizar novos materiais, novas tecnologias para melhorar a produtividade e a qualidade do arroz tocantinense, e que possa ser cultivado também em outras regiões”.

O papel da Embrapa neste processo, destacou o supervisor do Núcleo Regional da Embrapa Arroz e Feijão no Tocantins, pesquisador doutor Daniel Fragoso, “consiste em trabalhar em rede de cooperação por meio de parcerias, esforço conjunto e compartilhamento de infraestrutura para conduzir projetos de pesquisa que atenda a demanda dos produtores de arroz do Tocantins, com máxima otimização de recursos”.

“Para safra 2020/21 os pesquisadores da Unitins conduzirão o ensaio de viveiro de seleção de plantas que originarão linhagens para o avanço de gerações que finalizará com o lançamento da cultivar BRSTO em co-titularidade entre as duas instituições parceiras. Esse ensaio será conduzido sobre a responsabilidade do Dr. Expedito Cardoso, coordenador do contrato por parte da Unitins”, afirmou Fragoso.

Consepa

A Unitins integra o Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa), na condição de Organização Estadual de Pesquisa Agropecuária (Oepa) no Tocantins, e conta com unidades de pesquisa e campo experimental no Complexo de Ciências Agrarias (CCA), instalado no Parque Agrotecnológico de Palmas, e no Centro de Pesquisa Agroambiental de Várzea (CPAV).

Parcerias

A Unitins conta também com as parcerias da Secretaria de Agricultura e Pecuária e Aquicultura (Seagro) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), que são indispensáveis nessa busca contínua por melhores resultados na pesquisa e produção.

Cursos

A Unitins conta com um corpo qualificado de professores pesquisadores e, também, oferece os cursos de Engenharia Agronômica, no Câmpus Palmas, e Tecnólogo em Agronegócio, no Câmpus Paraíso.

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Fonte primeirapagina
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