Venezuela dispara contra o Bolsonaro e eleva o tensão na fronteira
A Venezuela, por meio de sua chancelaria, disparou um comunicado internacional neste domingo (29) contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O governo bolivariano de Nicolás Madura denuncia que, numa decisão incomum, o governo brasileiro concedeu status de refugiado aos cinco terroristas confessos, responsáveis pelo ataque armado ao Batalhão de Infantaria 513 do Gran Sabana, no estado de Bolívar.
No último dia 22 de dezembro, foram roubados 120 fuzis e lança-foguetes numa operação violenta que resultou na morte de um soldado da Força Armanda Nacional Bolivariana (FANB).
Para os venezuelanos, Bolsonaro encobre atos terroristas e age como cúmplice de um atentado contra a paz sob o patrocínio dos Estados Unidos.
“O Brasil não só agrava os direitos humanos internacionais como, também, estabelece perigoso precedente ao encobrir mercenários”, diz um trecho do comunicado internacional.
“Qual seria a reação das autoridades brasileiras se, após ataques às suas instalações militares, a Venezuela dessa proteção jurídica a desertores de seu Exército?”, questiona a Venezuela.
O documento afirma ainda que o povo venezuelano tem certeza de que os brasileiros não acompanham a decisão do debilitado governo de Jair Bolsonaro.
Segundo a denúncia do governo Maduro, Bolsonaro faz o jogo dos EUA para gerar condições para uma intenção militar na Venezuela.
A Venezuela informa que interpelará o Brasil no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
#COMUNICADO| La República Bolivariana de Venezuela denuncia ante la comunidad internacional la insólita decisión del Gobierno de Brasil de dar condición de refugiados a los cinco terroristas confesos, responsables del asalto armado al 513 Batallón de Infantería de la Gran Sabana pic.twitter.com/IfI2WuxvwH
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 29 de dezembro de 2019