Igeprev recupera R$ 25 milhões em fundos de alto risco; montante foi aplicado em 2011
O valor dos R$ 25 milhões foi pago mediante acordo judicial com uma das empresas investidas, cuja ação foi ajuizada pela atual gestora do fundo.
O Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) informou nesta sexta-feira, 13, que conseguiu recuperar o valor de R$ 25 milhões do Incentivo Fundo de Investimento Referenciado – CDI. O dinheiro foi investido em fundos de alto risco em 2011.
O Igeprev era o único cotista desse fundo, com isso conseguiu mudar sua gestora, que passou a ser uma instituição que atua na recuperação de fundos problemáticos. O valor dos R$ 25 milhões foi pago mediante acordo judicial com uma das empresas investidas, cuja ação foi ajuizada pela atual gestora do fundo.
Inicialmente foram aplicados R$ 30 milhões em 2011, tendo havido cinco resgates entre 2012 e 2015, que somaram próximo de R$ 8 milhões. Com os R$ 25 milhões recebidos, obteve-se pouco mais do valor que foi investido.
Segundo o diretor de investimentos do Igeprev Reynaldo Ferreira de Melo, “trata-se de um fundo sem liquidez, com aplicações inseguras (sem lastro patrimonial) e desenquadrados pela Secretaria da Previdência Social.” Ainda segundo Reynaldo, “a recuperação desse fundo é uma importante conquista para o Instituto, no caso do Fundo incentivo, já havia sido reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma perda substancial do mesmo que estava precificado em 1,6 milhões” explica o diretor.
Para o presidente do Igeprev, Sharlles Fernando Bezerra Lima, “essa boa notícia se deve ao comprometimento do Instituto na busca por melhores resultados e as boas práticas de gestão. Atualmente, nossa política de investimentos tem sido bastante cuidadosa e criteriosa, investimos o patrimônio do Instituto apenas em aplicações seguras e em instituições financeiras sólidas, a exemplo da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco,” enfatizou Sharlles Fernando.
“Temos buscado adotar todas as formas de recuperar pelo menos uma parte dos investimentos ruins, participando ativamente das Assembleias de cotistas e trabalhando pela liquidação dos fundos, em busca de algum ativo de valor, bem como do reenquadramento junto à Secretaria de Previdência, adequando aos limites permitidos pelo Banco Central”, acrescenta o presidente do Igeprev.