Ibovespa Futuro sobe com repercussão da decisão unânime do Copom
O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quinta-feira (20), com investidores repercutindo a decisão unânime do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) pela manuteção da Selic em 10,5% ao ano. Além disso, a retomada dos negócios nos EUA após feriado adiciona liquidez ao mercado local.
Segundo a XP Investimentos, a decisão reforçou o compromisso do Comitê em atingir a meta de inflação. Com relação aos próximos passos, o Copom afirmou que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente”. A instituição financeira considera que a decisão e a comunicação do Copom são consistentes com seu cenário de taxa Selic em 10,50% até o final de 2025.
Na seara política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar sobre a decisão, mas fez questão de afirmar que tem confiança nas pessoas indicadas ao Banco Central.
Às 9h12, o índice futuro com vencimento em agosto subia 0,27%, aos 123.025 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros operam em alta na volta do feriado e antes da divulgação de dados e falas de integrantes do Federal Reserve (Fed).
Nesta manhã, Dow Jones Futuro operava com alta de 0,05%, S&P500 avançava 0,36% e Nasdaq Futuro subia de 0,55%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial recuava 0,74%, cotado a R$ 5,401 na compra e R$ 5,402 na venda. O dólar futuro (DOLFUT) operava com baixa de 0,35%, indo aos 5.403 pontos.
No mercado de juros, os contratos futuros operavam com forte baixa após a manutenção dos juros por aqui. O DIF26 caia 0,12 pp, a 11,18%; DIF27, -0,08 pp, a 11,51%; DIF29 -0,06 pp, a 11,88%; DIF31, -0,06 pp, a 12,01%.
Os preços do petróleo sobem à medida que os tanques israelenses avançaram para Gaza.
Já as cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, com traders avaliando os altos estoques portuários e as perspectivas de cortes na produção de aço bruto na China, principal consumidor, contra a retomada da produção em algumas siderúrgicas.
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, após o banco central chinês (PBoC) mais uma vez deixar suas principais taxas de juros inalteradas. Com se previa, o PBoC manteve as chamadas LPRs, seus juros de referência, nos níveis atuais pelo quarto mês consecutivo. Ontem, o presidente do BC chinês, Pan Gongsheng, sinalizou que a instituição poderá adotar uma taxa de curto prazo como principal referência de sua política monetária.