Paulinho da Força volta à presidência do Solidariedade após prisão de dirigente
A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda após a prisão de Eurípedes Júnior, que foi alvo da Operação Fundo do Poço, da PF; Paulinho da Força já comandou o Solidariedade entre 2013 e 2022
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), foi eleito, por unanimidade, como novo presidente nacional do Solidariedade, retornando ao cargo que já havia ocupado por quase uma década, entre 2013 e 2022.
A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda após a prisão de Eurípedes Júnior, agora ex-presidente do partido. O dirigente foi alvo da Operação Fundo do Poço, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada.
Eurípedes, que ficou três dias foragido e se entregou aos policiais no sábado (15), é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Em nota, o Solidariedade afirma que a eleição de Paulinho da Força “reflete a confiança do partido em sua capacidade de liderar a legenda de acordo com os pilares ideológicos”.
Paulinho exercia o mandato de deputado federal desde novembro do ano passado, quando tomou posse após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o mandato do deputado Marcelo Lima (PSB-SP) por infidelidade partidária. Paulinho era o primeiro suplente na fila para ocupar a vaga.
Antes de voltar à Câmara, Paulinho já havia tido quatro mandatos consecutivos como deputado federal, entre 2007 e 2020.
Operação da PF
O principal alvo da operação é o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), recentemente incorporado pelo Solidariedade.
As investigações da PF tiveram início a partir de uma denúncia feita por um dirigente do partido a respeito de supostos desvios de cerca de R$ 36 milhões. A operação policial bloqueou e indisponibilizou esse valor e mais 33 imóveis.
De acordo com a PF, os suspeitos são investigados por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Em nota, o Solidariedade afirmou que os fatos investigados pela PF ocorreram antes da união da legenda com o PROS.
“Esses são fatos ocorridos antes da união do PROS com o Solidariedade. Estamos tomando pé da situação e ainda não temos uma posição sobre os fatos”, informou o partido.