Governo do Tocantins investe cerca de R$ 6 milhões e promove qualidade de vida às famílias de crianças nascidas com cardiopatia
“Desejo que ele seja um homem de bem e inspire outras pessoas que nasceram com cardiopatia a verem que o milagre da cirurgia chega para todos! Até porque foi um processo doloroso, mas hoje ele está aqui com a gente, com saúde e bem”. Esta é a fala da técnica de enfermagem e assistente social, Lucinéia Divina Lopes, mãe do João Matias de 9 meses, que nasceu com uma cardiopatia congênita e foi atendido com um procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), custeado pelo Governo do Tocantins.
A criança faz parte do grupo de crianças tocantinenses que nasceram com algum tipo de cardiopatia congênita, uma anormalidade na estrutura ou na função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas às malformações congênitas.
No Tocantins, pacientes SUS que recebem esse tipo de diagnóstico são atendidos no Hospital de Araguaína Doutor Eduardo Medrado, única unidade habilitada. Entre 2023 e 2024, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) repassou, à Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína, R$ 5.856.052,20 para os referidos procedimentos. Somente em 2024, já foram atendidas 61 crianças e, desde o início da parceria, foram 443 pacientes beneficiados.
Para a família do João Matias, essa parceria possibilitou agilidade no atendimento e na garantia de um futuro. “Ele internou no dia 23 de março, ficamos 33 dias na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e, depois, ele foi para a enfermaria. Eu sei que foi um processo, só tenho a agradecer pelo meu filho estar vencendo essa batalha, por termos o serviço aqui no Estado, na minha cidade, sem precisar sair daqui! Isso me alegra demais”, acrescentou a técnica de enfermagem e assistente social, Lucinéia Divina Lopes.
O mesmo sentimento é compartilhado pela família da Isabella Crystinna Rofim de Sousa, de 7 anos, que descobriu aos 3 anos, em uma consulta, que precisava de correção de estenose supra-aórtica. “A realização da cirurgia da Isabella ocorreu de forma muito boa e fomos recebidos muito bem. Ficamos imensamente agradecidos por ela ter resolvido um problema. Sabemos que ela ainda tem mais um processo para organizar, porque ela ficou com uma insuficiência cardíaca, mas estamos tendo todo o suporte com a profissional que nos acompanha. Foi tudo muito bom”, comentou a vendedora Wannyer Silva Oliveira, mãe da paciente.
Para o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, “esses depoimentos mostram a importância que esse trabalho possui para a garantia de vida das famílias tocantinenses, sendo inclusive uma grande prioridade do nosso governador Wanderlei Barbosa, que continuamente garante recursos para que todos sejam atendidos aqui em nosso território”.
“Sabemos da importância desse procedimento no Estado, é por isso que essa parceria entre a SES-TO e o Hospital Municipal de Araguaína desenvolve um trabalho único. O Estado realiza a regulação dos pacientes e o Hospital Municipal de Araguaína é responsável pela execução dos exames pré e pós-operatórios e procedimentos cirúrgicos. Vale acrescentar que as cirurgias acontecem de forma regular mensalmente e, no momento, há uma programação para a execução de 9 procedimentos no mês de junho de 2024”, afirmou o superintendente de Políticas de Atenção à Saúde (SPAS/SES-TO), Robson José da Silva.
Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita
A data é celebrada nesta quarta-feira, 12, e visa informar as pessoas sobre as cardiopatias congênitas e sobre sinais e sintomas de cardiopatia na infância, de forma a aumentar a conscientização pública, por meio de programas e campanhas, e incentivar doações para fornecer apoio e pesquisa a instituições que atuam no cuidado a criança cardiopata.
O Ministério da Saúde estima que a incidência da doença seja de 8 a 10 crianças cardiopatas a cada mil nascidos vivos, ou seja, uma criança a cada 100 nascimentos tem malformação cardiovascular. As cardiopatias congênitas são as malformações mais frequentes e também aquelas responsáveis pelas maiores causas de internação hospitalar nos primeiros meses e anos de vida do bebê.
Edição: Thâmara Cruvinel
Revisão Textual: Marynne Juliate