Sidney Magal fala de história de amor de 45 anos com Magali West: ‘Os contos de fadas ficam com inveja’

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Sidney Magal, de 73 anos, não contém as lágrimas toda vez que assiste ao filme Meu Sangue Ferve Por Você, que conta o começo da história de amor de 45 anos do astro da música com sua mulher, Magali West, de 60 anos. A produção, que estreia dia 30 de maio nos cinemas, é protagonizada por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro e se passa no final dos anos 70, quando o cantor se apresentou na Bahia e se apaixonou à primeira vista pela jovem, que participava de um concurso de beleza.

“Não podia esperar que após tanto tempo as pessoas pudessem se interessar tanto pela minha história. Cheguei à conclusão que ela é única. Não é amor à primeira vista, é amor ao primeiro minuto. Não deu nem tempo da gente se conhecer e eu falei ‘Casa comigo?’. É uma coisa meio maluca”, relembra ele, que com Magali tem três filhos, GabriellaNathália Rodrigo.

Sidney Magal — Foto: Divulgação
Sidney Magal — Foto: Divulgação

O filme, dirigido por Paulo Machline, tem uma narrativa digna de conto de fadas, mas Magal garante que sua história a dois é bem real. Ele espera inspirar os espectadores a acreditar que o amor existe.

“Os contos de fadas ficam até com inveja. Há um roteiro para escrever história de fada. O meu roteiro se escreveu por si só. Gostaria que servisse de exemplo para as pessoas que não acreditam mais no amor e que acham que histórias como a minha foram inventadas pelo cinema. Não foi, não. Isso foi criado pelos dois corações, o do Magal e da Magali”, explica.

Fotos de Magal e Magali — Foto: Reprodução/Instagram
Fotos de Magal e Magali — Foto: Reprodução/Instagram

Quem: Como foi contar esse outro lado da sua história, a sua história de amor?
Sidney Magal: 
Costumo dizer que história de amor são as duas. A da carreira também é uma história de amor grande pelas pessoas que conquistei e me conquistaram. Agora essa história do Sidney Magalhães, da minha vida pessoal, surpreende muitas pessoas. Primeiro porque os artistas não costumam demorar nas suas relações amorosas (risos). Isso já causa muito impacto. E segundo porque falo muito, desde o começo, da Magali, do sentimento que tenho por ela e pela família que eu tenho. As pessoas se sentem muito próximas. Tem pessoas que não me curtiam musicalmente e que chegavam em mim e falavam, “Adoro você. Parabéns pela forma como você conduz a sua vida”. A humanidade dentro de mim influi no meu trabalho.

E como rolou o convite para escrever essa história e colocá-la nos telões?
A produtora Joana (Mariani) chegou em mim e falou: “Sua história é linda! Nunca pensou em levar para o cinema?”. Ela chamou o Paulo Machline para dirigir e ele perguntou se podia ter liberdade no roteiro. Disse que ele podia ter a liberdade que ele quisesse, mas que queria que o resultado fosse muito emocional. Foi isso que aconteceu. Assisti cinco vezes e me emociono muito. É muito verdadeiro.

Você já teve a oportunidade de assistir com o Magali? Como foi?
Para mim foi a mesma história. Mas se você perguntar para a Magali, é outra história. Ela é muito diferente de mim nas suas atitudes e reações. Eu, geralmente, estava de mãos dadas assistindo com ela, e começava a chorar em alguns momentos do filme. Ela largava a minha mão e falava, “Não, de novo, não. Vai dar vexame de novo?”. E eu: “Que vexame, Magali? Estou chorando porque não aguento. É muito emocionante ver verdadeiramente a nossa história”. Às vezes, ela se levantava e falava: “Ah, não! Vou ao banheiro porque ele vai começar a chorar de novo” (risos). Claro que ela se emociona e fica feliz ao saber que é uma homenagem mais a ela e ao nosso amor do que propriamente a mim, mas ela não extravasa do jeito que eu extravaso. Fico muito envolvido.

Dia em que Magal conheceu Magali — Foto: Reprodução/Instagram
Dia em que Magal conheceu Magali — Foto: Reprodução/Instagram

Quando conheceu a Magali, você tinha tudo que um homem quer: reconhecimento profissional, mulheres aos seus pés, dinheiro e fama… O que fez você falar: “Eu quero me casar?”
Eu vivia com uma pessoa há quatro anos e me vi de repente naquela situação, em um concurso de beleza. Das 56 meninas que estavam lá, 50 eram minhas fãs. Em meio a “Magal, uma foto!”, eu olhei para uma menina vestida de azul ali no meio e falei para o menino da gravadora, “preciso falar com ela! Quero casar com ela”. Eu queria dizer para ela: “Quero me casar com você, que você seja a mãe dos meus filhos e viva comigo para sempre”. É muito difícil explicar o que aconteceu, mas passou um filme em segundos na minha cara: “Vai porque a sua vida daqui em diante vai ser com essa pessoa, não tem segunda opção”. Entrei no avião, naquele mesmo dia em prantos. Chorei a viagem inteira. Tinha uma moça do meu lado que me perguntou: “Magal, você está aborrecido? Perdeu alguém? E eu dizia: “Não, mas estou com muito medo de perder e por isso que estou chorando”. Fui invadido pelo sentimento que Deus mandou e disse “vai nessa que vai dar certo” e deu certo.

Era um desafio muito grande. Ela tinha apenas 16 anos e você era um homem muito assediado… Como ela lidou com isso?
Ela tinha 16 anos e eu 29! Ela sempre foi muito madura mesmo, tinha consciência do que estava se envolvendo. Quando chegou ao Rio de Janeiro disse: “Não quero me casar”. Só nos casamos oficialmente dois anos depois que a minha filha nasceu. Eu dizia para ela: “por quê?”. Ela respondia que precisava ter muita certeza do passo que estava dando. Eu respondia: “A minha certeza, eu já tenho, meus passos daqui para frente são com você, mas resolve isso”. A maturidade dela fez com que suportasse qualquer coisa que eu fizesse e o meu amor por ela fez com que eu suportasse qualquer decisão que ela tomasse, casasse ou não comigo, se quisesse ter filho ou não. A Magali é a mulher da minha vida.

Magal e Magali — Foto: Reprodução/Instagram
Magal e Magali — Foto: Reprodução/Instagram

O amor muda. Como ele é hoje?
Lógico! São 45 anos. Não é pouca coisa. Somos pessoas diferentes e com gostos diferentes. Nós nunca assistimos TV juntos. Meus filmes não agradam a ela e os dela não me agradam. Gosto de aventura, policial e drama. Ela gosta de filmes mais leves, coreanos e turcos. Ao mesmo tempo tem esse lado da vida a dois. Boto de vez em quando a mão na frente do nariz dela enquanto ela está dormindo do meu lado para ver se ela está viva ou se alguma coisa aconteceu que eu pudesse perdê-la. Fotografo ela às vezes dormindo. Depois mostro para ela e digo: “Magali, nesta foto você me lembra muito você aos 19 anos”. O amor e o sentimento continuam os mesmos. Estão dentro de mim e não vão acabar nunca. Esses dias falei para ela, “Até depois da vida”. E ela: “Não, não! Pelo amor de Deus. Não vai inventar de deitar do lado da minha cama e cutucar o meu pé”. Olha como somos diferentes (risos).

Magali e Magal com a filha — Foto: Reprodução/Instagram
Magali e Magal com a filha — Foto: Reprodução/Instagram

Amor de outras vidas…
Digo: “Mas pretendo lá no outro planeta e outro momento da vida continuar com você no meu coração porque eu te amo muito”. É muito difícil explicar como é que a gente consegue (manter) isso. Acho que o principal é respeito. Encontrei essa mulher e disse: “Escolhi essa mulher, mas não quero obrigá-la a nada, não quero que ela seja minha doméstica… Se ela puder, quero que seja a mãe dos meus filhos. Fora isso, qualquer outra coisa estou aqui para suportar”. Ela também suporta os meus defeitos. É mais ou menos isso. Consegui um equilíbrio legal.

Qual a mensagem que quer deixar com o filme?
Acho que o grande exemplo que um artista pode deixar é esse: “Amem-se! O amor existe!”. Vamos parar com essa bobagem de arrumar um namorado pela internet e ficar, “este presta, este não presta, amanhã é outro”. O ser humano na sua essência é um romântico, um apaixonado. Então deixe-se apaixonar. Olho para foto do cartaz do Filipe (Bragança) com o Giovana (Cordeiro) e vejo um amor. Eu e a Magali estávamos ali. Os olhares eram apaixonados.

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Fonte revistaquem
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