Taxas engrenam e CDBs passam a pagar mais de 1% ao mês antes do Copom

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Após uma abertura nas taxas de títulos públicos que causou prejuízo à carteira do investidor de renda fixa, os CDBs passaram a pagar mais, com remuneração de quase 13% ao ano. E a explicação para o movimento vem lá dos Estados Unidos.

Fabrício Silvestre analista de renda fixa da Levante, explica que o aumento na remuneração dos títulos de renda fixa, incluindo os CDBs, são fruto de uma revisão de expectativas para o corte de juros nos Estados Unidos. Agora, o mercado espera o início do ciclo de cortes por lá somente no último trimestre do ano.

“Com isto, os investidores passaram a esperar Treasuries (títulos públicos de renda fixa dos EUA) com taxas mais altas por mais tempo e, já que são os principais ativos livres de risco do mundo, os demais títulos precisam pagar uma taxa mais elevada para manter sua atratividade”, explica o especialista da Levante.

A pedido do InfoMoney, a Quantum Finance mapeou os CDBs emitidos entre 19 de abril e 3 de maio. A partir do levantamento, foi possível comparar as taxas praticadas com as oferecidas na quinzena anterior, entre 4 e 18 de abril.

CDBs pós-fixados

Nos pós-fixados, os mais relevantes em número de emissões, houve abertura das taxas médias, especialmente nos vencimentos mais curtos. A remuneração média dos papéis com vencimento em seis meses subiu de 103,03% do CDI para 104,82%. O Banco Master emitiu um CDB com remuneração de 120% do CDI.

Nos CDBs com vencimento em dois anos, a taxa média subiu de 100,24% do CDI para 101,02%. Destaque para um CDB emitido pelo C6 com taxa de 119,50% do CDI ao ano.

Cerca de 80% dos CDBs emitidos na última quinzena têm remuneração pós-fixada. Dos 159 ativos, 126 têm remuneração atrelada ao CDI. Além de uma questão de liquidez para o investidor, a tendência pode ser explicada pelo custo menor para os emissores. “Com a expectativa de queda da Selic, ainda que de forma mais lenta, o custo de emissão de pós-fixados cai ao longo do tempo”, esclarece Silvestre.

Retornos de CDBs indexados ao CDI de 19 de abril a 3 de maio

Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 97,50% 99,72% 105,50% 36 Paraná Banco
6 97,50% 104,82% 120,00% 10 Banco Master
12 90,00% 99,34% 105,50% 39 ABC Brasil
24 98,00% 101,02% 119,50% 29 C6 Bank
36 100,00% 101,75% 106,00% 12 Haitong Brasil
Fonte: Quantum Finance

CDBs prefixados

Também acompanhando a recente alta dos títulos públicos, os bancários prefixados ofereceram remuneração de até 12,90% ao ano, caso de um CDB emitido pela Sianossera Financeira.

A taxa média dos prefixados de 24 meses teve forte alta de 10,13% para 11,22% na última quinzena. Já a remuneração média dos prefixados com vencimento em três anos subu de 11,13% para 11,72%.

Menos afetados pela expectativa de juros altos por mais tempo, os títulos mais curtos pagaram menos, com taxa média de 9,84% ao ano ante 10,78% na quinzena anterior.

Retornos de CDBs prefixados de 19 de abril a 3 de maio

Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
6 9,80% 9,84% 9,95% 4 ABC Brasil
12 9,85% 10,20% 10,78% 8 BTG Pactual
24 10,30% 11,22% 12,70% 6 Sianossera
36 11,35% 11,72% 12,90% 8 Sianossera
Fonte: Quantum Finance

CDBs de inflação

Com apenas sete ativos atrelados ao IPCA emitidos, as remunerações médias não tiveram grandes variações. Para o prazo de 24 meses, a taxa que era de IPCA + 5,30% passou para 5,45%. Já a remuneração média em 36 meses ficou estável em 5,56%.

O Haitong Brasil segue como emissor das taxas mais altas, com remuneração de até 5,70% além da inflação em três anos.

Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 19 de abril a 3 de maio

Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
24 5,35% 5,45% 5,55% 2 Haitong Brasil
36 5,45% 5,56% 5,70% 5 Haitong Brasil
Fonte: Quantum Finance
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Fonte infomoney
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