União Brasil abre processo para expulsar deputado apontado como mandante da morte de Marielle Franco
O presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, informou neste domingo, 24, que vai pedir à Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão com objetivo de expulsar o deputado federal do partido. Brazão foi preso pela Polícia Federal (PF) e apontado como um dos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, afirmou em nota.
O partido afirmou ainda que Chiquinho não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar. Rueda ainda que a Comissão Executiva Nacional vai se reunir na próxima terça-feira, dia 26 de março, para formalizar a expulsão do parlamentar.
Além de Chiquinho, o seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio, também foram presos nesta manhã.
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação Murder Inc. acontece menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada firmada por Ronniel Lessa, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. O ex-policial militar foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes e, na delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. Ele foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.
Quem mandou matar Marielle Franco?
Os alvos da operação que mira os supostos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes são o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio.