Novo chip da Nvidia promete transformar fala em vídeo 3D
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou ao mercado nesta segunda-feira o chip Blackwell, que irá suceder o H100, bastante procurado pelas empresas que estão na “corrida do ouro”da Inteligência Artificial.
Segundo o Business Insider, batizado em homenagem ao estatístico e matemático David Blackwell, o novo chip é pelo menos duas vezes mais rápido que seu antecessor, disse Huang em sua apresentação na Conferência de Tecnologia de GPU em San Jose, Califórnia.
O executivo também disse que o Blackwell será capaz de transformar fala em vídeo 3D, além de ter um desempenho cinco vezes melhor de IA e consumir 25 vezes menos energia para executar tais tarefas.
Os chips H100 atuais podem ser vendidos por mais de US$ 40.000 cada um. Em meio à escassez de fornecimento durante a pandemia, os gigantes da tecnologia estão se esforçando ao máximo para estocar esse tipo de chip. Mark Zuckerberg, da Meta, tem 350 mil desses até o final do ano.
Com essa procura intensa, as vendas da Nvidia dispararam. A empresa informou uma receita trimestral de US$ 22,1 bilhões. Contudo, já está enfrentando alguns obstáculos na China, devido aos rígidos controles de exportação em represália a políticas semelhantes nos EUA, e também porque gigantes da tecnologia – incluindo Meta, Microsoft, Google e AMD – querem ter menos dependência da empresa e estão preparando seus próprios chips.
Nuvem para computação quântica
No mesmo evento, a empresa lançou um serviço de nuvem para que pesquisadores testem seu software de computação quântica, buscando lucrar com um campo que está ganhando financiamento pesado em todo o mundo, apesar de ainda não ter tido grandes resultados até o momento.
O Nvidia Quantum Cloud será composto primeiramente por um data center com chips e sistemas de IA que, juntos, simulam um computador quântico, de acordo com Tim Costa, diretor de computação de alto desempenho e computação quântica da empresa.
Ao contrário de outros serviços de nuvem, o da Nvidia não tem nenhum computador quântico conectado a ele no momento, mas fornecerá acesso a máquinas de terceiros no futuro, disse Costa à Bloomberg antes da Conferência de Tecnologia GPU.
A empresa disse que os supercomputadores da Fundação Novo Nordisk, da Dinamarca, e do Centro de Pesquisa de Supercomputação Pawsey da Austrália, ambos dedicados à pesquisa de computação quântica, também usarão hardware da Nvidia.