Jovem que rastreia voos de Musk e Taylor Swift pela Internet será processado
A cantora Taylor Swift vai processar o estudante Jack Sweeney por monitorar e publicar informações sobre seus voos particulares nas redes sociais. O jovem é conhecido por usar ferramentas online para rastrear jatos de figuras públicas, como Elon Musk, e depois postar os dados sobre pousos e decolagens em perfis do Threads, Twitter (atual X) e outras plataformas. Os advogados da artista estadunidense já entraram em contato com Sweeney, alegando que suas publicações causam danos irreparáveis e são consideradas perseguição e assédio.
O jovem stalker, em contrapartida, afirmou que não pretende gerar danos, mas que acredita na transparência e na informação pública. Vale lembrar que, em 2022, um relatório apontou Taylor Swift como a celebridade que emite as maiores pegadas de carbono em seus voos.
Como o jovem rastreia voos de figuras públicas?
As contas de Sweeney nas redes sociais compartilham informações que já estão disponíveis publicamente em sites de rastreamento de tráfego aéreo, como o FlightRadar24. Os fãs de Taylor Swift, inclusive, utilizaram o site para acompanhar a chegada da cantora ao Brasil no ano passado. Ou seja, o estudante apenas facilita o acesso ao publicar os dados nas redes sociais. Além das informações relacionadas ao pouso e decolagem de jatos particulares, ele também posta estimativas de uso de combustível e de emissões de gases de efeito estufa.
Sweeney alega que suas contas não são uma ameaça à segurança dessas figuras públicas, pois os dados dos voos já estavam disponíveis para qualquer pessoa na Internet. Dessa forma, ele compartilha esses dados por meio de bots automatizados, que coletam as informações. O estudante já monitorou voos de diversas figuras, como Tom Cruise, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e Mark Zuckerberg.
Sweeney ficou em alta especialmente em 2021, após recusar o valor de US$ 5.000 para parar de rastrear o jato particular do bilionário Elon Musk, que acabou banindo o estudante do Twitter (X). Em entrevista para a BBC News, Musk alegou que a conta foi banida porque doxxing (ou seja, o ato de encontrar ou publicar informações privadas de alguém) em tempo real não é permitido. O jovem se defende dizendo que não são dados privados, mas informações públicas.
Na época, Sweeney disse que o bilionário simplesmente não queria ser tão visível e que pararia de rastrear o jato particular de Musk por US$ 50 mil, mas o empresário não se manifestou sobre essa oferta. Em 2022, o estudante retornou ao Twitter (X) compartilhando informações dos voos de Musk, mas com 24 horas de atraso.
Com informações de The Verge, Yahoo e Business Insider