Trump assina lei em apoio aos manifestantes em Hong Kong, a contragosto da China

Legislação aprovada pelos EUA estabelece uma série de medidas para conter a repressão aos protestos.

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O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, assinou nesta quarta-feira (27) a lei em que manifesta apoio aos protestos pró-democracia em Hong Kong. Dias antes, a resolução foi aprovada por ampla maioria tanto na Câmara quanto no Senado.

De acordo com a agência Reuters, o texto determina que o Departamento de Estado norte-americano se certifique anualmente de que Hong Kong mantém autonomia suficiente que justifique o comércio com os EUA.

Além disso, a lei também ameaça com sanções se houver violações aos direitos humanos, e proíbe a exportação de armas de efeito moral para a polícia de Hong Kong.

Reação da China

Manifestantes deixam a Universidade Politécnica de Hong Kong, no dia 19 de novembro de 2019 — Foto: Nicolas Asfouri / AFP

A decisão irrita o governo da China em meio à expectativa da assinatura de algum acordo que ponha um fim à guerra comercial entre Pequim e Washington. O presidente chinês, Xi Jinping, já havia alertado os EUA sobre interferência na crise em Hong Kong.

Quando o Congresso norte-americano aprovou a lei, a China reagiu e convocou para explicações de um diplomata do alto escalão dos EUA. O governo chinês ameaçou tomar medidas “duras” caso Trump aprovasse a legislação.

Apesar da reação chinesa, Trump disse que assinou a lei em respeito à população do território semiautônomo e também em respeito a Xi.

“Estamos aprovando as leis na esperança de que os líderes e representantes da China e de Hong Kong sejam capazes de resolver suas diferenças amigavelmente para levar a uma paz duradoura e prosperidade para todos”, afirmou o presidente dos EUA em comunicado.

Protestos em Hong Kong

Polícia dispara gás lacrimogêneo em manifestantes na Universidade Politécnica de Hong Kong, na segunda-feira (18) — Foto: Reuters/Athit Perawongmetha

Os protestos em Hong Kong em junho contra um projeto de lei autorizando as extradições para a China continental de cidadãos do território. A proposta foi abandonada em setembro, mas as reivindicações aumentaram, com os manifestantes exigindo mais democracia e contra a interferência de Pequim no território. Veja arte abaixo.

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Fonte globo
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