Pix e transações digitais contribuem para redução de dinheiro falsificado no Brasil
Levantamento do Banco Central mostra queda na recuperação de cédulas falsas
O uso do Pix como meio de pagamento está contribuindo para a redução da circulação de dinheiro falsificado no Brasil, aponta o g1. Isso tem feito com que as pessoas deixem de carregar dinheiro em espécie.
Segundo o Banco Central (BC), a movimentação financeira com o Pix no País aumentou mais de 50% de 2022 para 2023 e representa 36% dos pagamentos, sendo apenas 3% feitos por saques em dinheiro. Isso reflete tendência no Brasil, onde cada vez mais transações são feitas via cartão ou Pix, diminuindo o volume de dinheiro em espécie circulando no País.
Redução no número de notas falsas recolhidas
- Segundo dados do BC, o número de notas falsas recolhidas pelo banco caiu de 677 mil para 250 mil em período de seis anos;
- As notas de maior valor, como as de R$ 100 e R$ 200, são as mais falsificadas;
- Além do uso do Pix, uma mudança na linha de investigação da Polícia Federal (PF) também contribuiu para a redução da produção de notas falsas.
Começamos a trabalhar muito mais no sentido de identificar para onde vão os pagamentos para comprar essas cédulas e para também identificar os laboratórios que fabricam. Assim, conseguimos fazer muito mais prisões dos fabricantes.
Sérgio Mori, delegado de repressão à falsificação de moedas da PF
Essa mudança no comportamento dos consumidores, que preferem transações digitais em vez de dinheiro em espécie, está beneficiando não apenas a comodidade e eficiência das operações, mas também ajudando a combater a circulação de dinheiro falsificado no mercado.
Isso é evidenciado pelo relato do pipoqueiro Paulo Gomes de Barros, que prefere receber pagamentos pelo Pix para evitar prejuízos com notas falsas. “O dinheiro parecia um papelzinho mole, perdi os R$ 20. Agora, fico olhando toda hora. Pode ser cartão, pode ser Pix, melhor que o dinheiro”, relata.
Em resumo, o uso do Pix e outras transações digitais estão transformando o cenário de pagamento no Brasil, com mais pessoas optando por não carregar dinheiro em espécie.
Isso está resultando em diminuição na circulação de dinheiro falsificado no País, como mostra a queda no número de notas falsas recolhidas pelo Banco Central. Além disso, a mudança na linha de investigação da Polícia Federal também tem contribuído para a redução na produção de notas falsas.