Sol lança monstruosa explosão de classe X, a mais poderosa desde 2017
Atenção: Sol em fúria! O astro acaba de desencadear uma explosão solar de classe X, disparando um imenso pulso de radiação de alta energia que foi capturado em vídeo pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA.
O que é uma erupção solar de classe X:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela;
- Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.
“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força”, explica a agência em um comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Sinalizadores classificados como X10, os mais fortes, são incomumente intensos”.
A explosão, que ocorreu na tarde de quinta-feira (14), às 14h02 (pelo horário de Brasília), foi classificada como X2.8, o que a torna a erupção solar mais poderosa desde setembro de 2017, de acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial SpaceWeather.com.
O que o material desta erupção solar pode causar à Terra
Explosões poderosas são frequentemente acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que enviam enormes jatos de plasma solar para o espaço a milhões de quilômetros por hora.
Tudo indica que uma CME estava de fato associada a essa explosão, provavelmente com um componente direcionado à Terra. “A Força Aérea dos EUA está relatando uma explosão de rádio solar Tipo II, que normalmente vem da ponta de uma CME. Com base na taxa de deriva da explosão de rádio, a velocidade da CME emergente pode exceder 2.100 km/s (4,7 milhões de mph)”, diz o site.
Quando as CMEs atingem a Terra, elas podem gerar tempestades geomagnéticas, que são capazes de interromper as redes de energia e outras infraestruturas. Tais tempestades também podem provocar a formação de auroras nas extremidades do globo, e às vezes até mais para perto do centro.
A atmosfera da Terra impede que a radiação nociva das explosões solares atinja o solo. No entanto, essa radiação ainda pode afetar nossas vidas – por exemplo, afetando os sinais enviados por GPS e satélites de comunicação e causando apagões de rádio.
No caso do surto recente, o evento “causou um profundo apagão de rádio de ondas curtas sobre as Américas”, de acordo com o SpaceWeather.com.