Astrônomos criam mapa completo de Titã, a maior lua de Saturno

Os pesquisadores usaram dados da missão Cassini-Huygens, da Nasa, para descobrir informações sobre seis áreas geológicas do satélite

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Titã, a maior lua de Saturno, ganhou um mapa geológico que revela seis ambientes presentes no satélite. Lá, cientistas já detectaram um corredor de gelo, uma paisagem composta por “dunas de areia” e “hidrovias” feitas de metano líquido e etano.

No novo estudo, publicado na revista Nature Astronomy, pesquisadores registraram dados sobre as dunas próximas ao equador de Titã, as planícies de latitude média, polos com lagos de metano e duas outras regiões – uma repleta de montanhas e planaltos antigos; outra composta de crateras.

Segundo os especialistas, a maior parte do satélite de Saturno é feita de materiais orgânicos. Planícies representam 65% da lua e as dunas, 17%. “As duas regiões são formadas por matéria orgânica que cai da atmosfera e é movimentada pelo vento. Isso nos conta como o vento foi importante em formar a superfície de Titã”, disse ao site IFLScience a geóloga brasileira Rosaly Lopes, da Nasa.

As crateras em Titã ocupam atualmente um pequeno trecho da superfície. Os cientistas acreditam que essas foram sumindo conforme houve mudanças na lua. “ Sabemos que elas cobrem apenas 0,4% da superfície. Então, Titã mudou substancialmente desde o começo de sua história inicial”, contou Lopes.

Os cientistas viram também que lagos de metano diminuíram de tamanho até desaparecerem totalmente durante épocas de aquecimento. Em períodos de temperaturas amenas, eles reapareciam, mostrando que há um ciclo de evaporação do metano em Titã. Esse processo é similar ao que ocorre com a água na Terra.

Titã, a maior lua de Saturno (Foto: NASA)

Os cientistas desenvolveram o mapa de Titã com dados da Missão Cassini-Huygens, da Nasa, e informações de outros estudos. Há ainda alguns aspectos sobre o satélite que os pesquisadores desconhecem, como diferenças de composição entre as dunas, as planícies e as zonas em que mais chove.

“Ainda não temos as respostas para muitas questões, mas o mapa nos fornece uma visão integrada e global da geologia, que estudos futuros sobre como o ciclo do metano opera podem utilizar”, afirmou Lopes.

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Fonte revistagalileu
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