98% dos pais brasileiros defendem a vacinação completa das crianças
Uma pesquisa feita entre julho e agosto revelou que mais de 80% dos responsáveis em todas as regiões do país apoiam a vacinação dos jovens
Um levantamento realizado pela Rede de Pesquisa Solidária, em parceria com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, revelou que 98% dos pais brasileiros que possuem filhos de até 14 anos são favoráveis à vacinação completa das crianças.
A professora Lorena Barberia, da USP, que integrou a pesquisa, destacou que, durante a pandemia, a imunização infantil foi politizada. Nesse sentido, a Rede considerou o levantamento essencial para entender esse problema em um país com um programa de vacinação consolidado.
Durante a pesquisa, mais de 80% dos responsáveis em todas as regiões do país apoiaram a imunização dos jovens. Foram entrevistados 2.129 pais de todas as regiões do Brasil de 19 de julho a 3 de agosto.
Segundo a pesquisadora, o levantamento visa melhorar os indicadores de vacinação no Brasil.
Uma questão é a disposição e a opinião dos pais sobre vacinar seus filhos, mas nós também entendemos que chegar uma vacina no braço de uma criança é muito mais complexo.
Doença vs taxa de aceitação
A meningite é um exemplo de como doenças específicas influenciam as decisões dos pais. A taxa de aceitação da vacinação contra é alta devido à gravidade da doença.
Precisamos dialogar com os pais sobre a decisão de vacinar suas crianças, para enfatizar a confiança nas vacinas e a complacência. Existem riscos graves e por isso damos as vacinas.
Imunização nas escolas
Outro ponto destacado pelo boletim foi a imunização nas escolas. A pesquisa mostrou que 80% dos entrevistados concordam que seus filhos sejam imunizados no ambiente escolar.
“O que está faltando para a vacina chegar é uma questão mais prática e as escolas precisam ser um lugar onde se pensa na saúde das crianças”, argumenta ela.
Lorena destaca que, em alguns municípios do Brasil, como São Paulo, é preciso apresentar a carteira de vacinação para a matrícula escolar, havendo também campanhas de imunização nas unidades de ensino.
Covid-19, HPV e influenza, atualmente, são doenças possuem uma cobertura menor de crianças e adolescentes vacinados.