Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) têm projeções revisadas por bancos; confira as mudanças

Vale teve recomendação elevada pelo UBS para neutra, enquanto Petrobras teve preço-alvo elevado pelo Itaú BBA, com recomendação neutra

-- Publicidade --

-- Publicidade --

As ações da Vale (VALE3) caem cerca de 1% na sessão desta segunda-feira (9) com minério e as da Petrobras (PETR4) saltam com o petróleo.

Enquanto isso, bancos revisam seus modelos para as ações das duas blue chips. A mineradora teve a recomendação elevada de venda para neutra pelo UBS, enquanto a petroleira teve o preço-alvo elevado pelo Itaú BBA, mas com recomendação mantida neutra.

Confira as teses para as duas companhias:

Vale (VALE3) elevada para neutra pelo UBS

Analistas do UBS elevaram a recomendação da mineradora brasileira Vale (VALE3) de venda para neutra.

O preço-alvo foi e US$ 13 para U$ 14 para os ADRs (recibo de ações) listados nos Estados Unidos.

Para o UBS, a Vale deve distribuir dividendos atraentes nos próximos 12 meses, em torno de US$ 4,6 bilhões, ou dividend yield de 8%.

O UBS projeta que a companhia faça recompra de ações e a expectativa é de que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da Vale apresente expansão de 7% no ano que vem.

“O cenário macro para commodities e mineradores está equilibrado com a China tomando medidas para apoiar sua economia, e a fraqueza contínua no setor imobiliário é largamente compensada pela força na infraestrutura e outros setores”, apontam os analistas do banco.

Um catalisador para os papéis da empresa, que estão descontadas na comparação com pares globais, é o evento para investidores em novembro. A empresa apresentará suas metas operacionais para 2024 e possivelmente avançar no processo de oferta de ações da unidade de metais básicos.

Já para o preço do minério de ferro, espera-se que se mantenha na faixa de negociação atual (entre US$ 100 e US$ 130 a tonelada) nos próximos seis meses.

Petrobras (PETR4) mantida neutra pelo BBA

O Itaú BBA elevou o preço-alvo para as ações PN da Petrobras de R$ 27 ao fim de 2023 para R$ 38 ao término de 2024, mas manteve recomendação neutra para os ativos.

Os analistas do banco apontam que, durante este ano, mantiveram a recomendação pela necessidade de obtermos mais clareza sobre alguns pontos importantes para a tese de investimentos da companhia, como as mudanças na política de preços dos combustíveis, na política de remuneração dos acionistas, a expansão do plano de investimentos e possíveis aquisições.

Nos últimos meses, os anúncios das novas políticas de preços e de remuneração aos acionistas afastaram os cenários mais pessimistas que preocupavam o banco (assim como ao mercado) desde o ano passado. Isto apoiou uma redução de percepção de risco na tese da empresa, o que levou a um extraordinário aumento no preço da ação de 46% no acumulado do ano (71% se considerarmos a remuneração total aos acionistas).

“Além destes pontos, avaliamos que o novo Plano Estratégico a ser divulgado em novembro não deva apresentar alterações significativas nos planos de investimento da companhia para o futuro próximo. No entanto, ainda não temos clareza sobre um componente crucial da tese de investimento: o potencial pagamento de dividendos extraordinários”, apontam os analistas.

Os analistas do BBA têm observado a expectativa de um pagamento significativo de dividendos extraordinários como um fator decisivo na preferência de investidores pela Petrobras (investidores locais e internacionais).

O banco entende que a intenção declarada da empresa de expandir os investimentos em energias renováveis poderia possibilitar uma retenção de caixa no final do ano para ajudar a enfrentar esses desafios futuros, levando a uma expansão das reservas de lucros da empresa e limitando o potencial dividendo extraordinário deste ano.

“Vale destacar que um potencial acordo para resolver algumas disputas fiscais de longa data no CARF também poderia limitar um potencial dividendo extraordinário. É justo notar, no entanto, que acreditamos que um potencial acordo não deve ter um impacto material no caixa da empresa no curto prazo”, aponta.

Assim, a visão da casa sobre a tese de investimento da Petrobras tornou-se mais favorável ao longo deste ano, uma vez que uma série de riscos não se materializaram, apoiando uma revisão para cima no seu preço-alvo para a empresa. “No entanto, decidimos aguardar, por enquanto, até termos mais clareza de que um potencial dividendo extraordinário não ficará aquém das expectativas do mercado”, apontam os analistas.

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte infomoney
você pode gostar também