Jogadoras da Seleção Espanhola recusam convocação para novos compromissos

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Nesta segunda-feira (18), a nova treinadora da seleção feminina da Espanha, Montse Tomé, anunciou uma lista de convocadas para os próximos compromissos da equipe. No entanto, a decisão da comandante de chamar 23 jogadoras, incluindo 19 que recentemente assinaram um manifesto renunciando a jogar pelo país até que ocorressem mudanças estruturais na Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), causou surpresa e descontentamento entre as atletas.

Dentre as convocadas, se destacam nomes como Alexia PutellasMapi LeónIrene ParedesAitana BonmatíMariona CaldenteyPatri GuijarroCata Coll (todas do Barcelona), Misa Rodríguez e Teresa Abelleira (ambas do Real Madrid). Elas já haviam manifestado suas posições anteriormente e, agora, divulgaram um comunicado nas redes sociais explicando a decisão de não aceitarem o chamado da nova técnica.

“Como jogadoras profissionais de elite e após todo o acontecido no dia de hoje, estudaremos as possíveis consequências legais às quais nos expõe a RFEF ao nos colocar em uma lista em que tínhamos pedido para não ser convocadas por razões já explicadas publicamente e com mais detalhes para a RFEF, e com isso tomar a melhor decisão para o nosso futuro e para nossa saúde”, diz o comunicado oficial.

Na nota, as jogadoras reiteram o desacordo com a convocação, mas também indicam que estão avaliando “as possíveis consequências legais” às quais acreditam terem sido expostas pela federação. De acordo com a legislação esportiva espanhola, atletas que se recusam a aceitar uma convocação para uma seleção nacional sem apresentar uma justificativa razoável podem ser penalizadas com multas ou até mesmo suspensões de até cinco anos.

Segundo informações do jornal catalão Sport, as jogadoras consultaram profissionais do meio jurídico e sindical e foram orientadas a se apresentarem no centro de treinamento da seleção nesta terça-feira (19), em Las Rozas, na Região Metropolitana de Madri.

No comunicado divulgado nas redes sociais, as atletas também adiantaram uma possível estratégia para justificar sua renúncia à convocação: alegam que o anúncio da lista foi feito com um atraso de apenas cinco dias antes da primeira partida, enquanto a Fifa exige que os clubes sejam informados sobre as convocações de suas jogadoras com pelo menos 15 dias de antecedência. O impasse entre as jogadoras e a RFEF segue gerando expectativas sobre o desfecho dessa situação delicada no cenário do futebol espanhol feminino.

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Fonte 90min
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