Personal de Jojo, Mel Maia e Vivi, Carol Vaz bomba na web: ‘No Irã, eu sou tipo a Xuxa’

Educadora física é responsável pela transformação de Jojo Todynho, Viviane Araujo, Mel Maia e outras

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Carol Vaz, de 39 anos de idade, é a personal trainer que tem feito sucesso entre famosas como Jojo TodynhoViviane AraujoMel MaiaPocahLexa e outras. Cobrando mil reais por hora e sem nunca ter feito parcerias, ela sabe bem o que tem a oferecer quando é procurada por suas alunas.

“Elas me pedem bunda e perna, mas acham muito mais do que isso, e são pegas de surpresa positivamente. Acham que é uma coisa, mas é muito mais legal do que parece”, acredita.

Carol atribui o sucesso à forma que trata suas alunas e ao resultado que entrega. “Eu trato todo mundo com muito respeito e cuidado, seja rica, famosa ou dona de casa, e eu dou resultado de verdade. Na internet, é mostrada a transformação estética, mas é uma mudança de mentalidade, de vida. Eu uso o treino há 20 anos como meio de melhorar a vida delas. Elas se levam mais a sério, se curtem mais e se acham mais capazes. Esse comprometimento mental faz com que o resultado venha”, afirma.

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

A profissional viu, há 20 anos, sua própria vida mudar com hábitos saudáveis e uma oportunidade dada por Nico Anfarri, dono da academia DNA, hoje na Barra da Tijuca, no Rio. Carol chegou na empresa após três meses de inauguração, cursando Direito, para ser recepcionista. Nico a convidou para estudar Educação Física e ser professora do local, o que a fez desejar deixar de ser obesa, lutar contra sua compulsão alimentar e parar de fumar, e sem ajuda de terapeutas ou inspirações.

“Sempre achei que era incapaz mentalmente de conseguir qualquer coisa ou dar continuidade. O meu motor nesse processo foi querer ser exemplo, uma boa professora e que o Nico tivesse orgulho de mim, porque ele acreditou em mim antes de tudo. Até hoje, tudo que eu faço, como me comporto em qualquer momento, como eu trato as pessoas ou o que falo, quero ser um exemplo o tempo todo. Quero que as pessoas tenham orgulho de mim. Até o pessoal da equipe, eu treino eles e ajudo o máximo porque ninguém ganha nada na vida sozinho. Continuar sendo f*da é mais difícil ainda porque cada vez mais sobe a expectativa”, avalia.

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

A dedicação para se livrar da compulsão alimentar ainda faz parte da rotina de Carol. “Aprendi a não transitar nessa esfera. Qualquer pessoa que tem compulsão por qualquer tipo de comportamento tem que entender que aquilo é uma doença. Até hoje não faço algumas coisas para não desencadear comportamentos. Por exemplo, parei de ingerir açúcar e farinha de trigo, porque me faz mal e vou comer muito. Não sofro porque a vida é feita de escolhas. Vou a restaurantes, sinto cheiro, tenho vontade, mas não sofro”, conta.

Carol dá suas aulas com um vozeirão empostado, fazendo a linha dura com as alunas, uma consequência de suas vivências.

“Eu acredito naquilo de verdade, não é personagem. Eu tive que trocar toda a minha vida, e eu acredito muito em fazer acontecer. Tudo que conquistei é fruto de muito esforço, seja físico ou de comprometimento. Eu cobro delas isso também. Não cobro performance física de atleta, mas que façam o melhor, e sei quando estão fazendo ou estão só batendo ponto na academia. Desistir é hábito. Quanto mais você desiste, mais você desiste, e como você reage no treino é como reage na vida. Se você está passando por uma adversidade e desiste, você não é uma mulher forte. E, por meio do treino, eu preparo minhas alunas para viver. Ver a pessoa tentar se superar porque eu estou do lado é um prazer inenarrável”, justifica.

Antes e depois de Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Antes e depois de Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

A educadora física voltou toda sua carreira para o público feminino e desenvolveu um método próprio de estímulo aos quadrantes dos glúteos. A academia em que trabalha tem cerca de 2 mil mulheres, o que corresponde a 99% das matrículas. Para ela, segmentar seu trabalho é uma questão de sororidade.

“Na época em que comecei a aula, não tinha professora de educação física respeitada. Antes de ser personal, eu sou professora. Tem a ver com ensinar, doutrinar, ensinar, ser um guia e um exemplo. Com o respaldo do Nico, consegui me estabelecer e ser respeitada. A prioridade é formar mulheres que se levem a sério e ajam como iguais”, pontua.

Carol Vaz mostra com a fisiculturista Patrícia Parada seu método para desenvolvimento de glúteos — Foto: Reprodução/Instagram

Carol Vaz mostra com a fisiculturista Patrícia Parada seu método para desenvolvimento de glúteos — Foto: Reprodução/Instagram

A confiança do dono da DNA despertou gratidão e fidelidade em Carol. É ela quem abre a academia, às 5h30, e chega em casa por volta das 23h. A profissional dá sete aulas coletivas seguidas, atende suas alunas de personal e trabalha como professora no salão de musculação.

“Não entro em outra academia. Nunca entrei e nem vou entrar. Se o Nico um dia fechar a academia e abrir uma padaria, eu vou fazer pão”, brinca. “Eu não tiro férias há 20 anos porque não quero. Me sinto mal se estiver fora da DNA, parece que não estou participando. Me sinto angustiada. Não precisaria mais trabalhar fisicamente, poderia ter levado para outra esfera, mas gosto muito do que faço e nunca vou parar”, afirma.

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Carol ainda tem disposição para se exercitar durante as aulas coletivas que leciona. “A DNA é o melhor momento do meu dia. Treinar é minha higiene mental. Eu treino para não enlouquecer. Dou spinning, jump, não tomo nada e não fico cansada. Eu executo os movimentos, dando exemplo, igual nas forças armadas. Como você vai acreditar em alguém acima de você que não consegue fazer as coisas?”, avalia.

A entrega de Carol já atraía a clientela mesmo no antigo endereço da academia. Até quatro meses atrás, a DNA ficava numa casa amarela de dois andares no Grajaú, Zona Norte do Rio de Janeiro. Mesmo com instalações precárias e equipamentos ultrapassados, o local era o espaço de treinamento de fisiculturista, modelos e rainhas de bateria. “Dentro de uma casa pequena e velha, com aparelhos velhos, o que a gente fazia ali era tão fantástico que a gente virou o que virou. É muito gratificante fazer parte disso tudo”, comemora.

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

Carol Vaz — Foto: Reprodução/Instagram

O sucesso de Carol também se dá pela internet. São 5,1 milhões de seguidores no Instagram, onde ela não segue ninguém e só mostra seu trabalho. “Alguns vídeos viralizaram no Oriente. No Irã, eu sou tipo a Xuxa. É muito louco. Acho que o tipo de trabalho e minha personalidade fizeram com que o negócio ganhasse proporção. A pessoa física Carol não aparece porque eu só sou professora. Isso não é um pedaço da minha vida, é toda ela. Eu casei com o meu trabalho, sou isso em tempo integral”, diz.

A educadora física tem mais de 200 mil alunas de consultoria online em todo o mundo, foi 24 vezes treinadora campeã de fisiculturismo — inclusive de campeonatos internacionais — e fez patrimônio com seu trabalho. No entanto, seu orgulho está em ser valorizada.

“Minha maior conquista é ser respeitada como profissional. E não tem a ver com mídia, mas com respeito. No começo, eu tive que demandar, porque não era dado. Hoje eu sou muito feliz, minha vida é ótima. Trabalho muito, mas é porque eu quero. Levo a vida que eu quero. Eu não me sinto famosa, eu sou professora de educação física. Quando entrava água na DNA do Grajaú até quatro meses atrás, eu pegava o rodo e tirava”, conclui.

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Fonte revistaquem
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