Agência dos EUA perde recurso para travar acordo Microsoft-Activision
Decisão é um golpe para a FTC que tenta bloquear fusão devido a preocupações de que a Microsoft retivesse jogos mais populares da Activision
Um tribunal de apelações dos EUA negou uma oferta da Federal Trade Commission (FTC) para interromper a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft na sexta-feira (14), abrindo caminho para as empresas fecharem o maior negócio de jogos já feito nos EUA.
A decisão do Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos EUA significa que apenas os reguladores do Reino Unido estão travando o deal. O tribunal de apelações antitruste da Grã-Bretanha agendou uma audiência para 17 de julho para discutir o pedido das empresas para interromper a contestação de seu acordo pela agência de concorrência do país.
“Isso nos aproxima mais um passo da linha de chegada nesta maratona de análises regulatórias globais”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, em comunicado. A Activision não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A decisão é um golpe para a FTC e sua presidente Lina Khan, que tentou bloquear a fusão devido a preocupações de que a Microsoft retivesse os jogos mais populares da Activision de consoles ou serviços rivais.
A Microsoft tem um forte incentivo para fechar o acordo antes do prazo de 18 de julho para evitar pagar uma taxa de separação de US$ 3 bilhões à Activision.
A FTC se recusou a comentar a decisão e se planeja prosseguir com seu processo interno de oposição ao acordo. Os procedimentos perante um juiz administrativo da FTC estavam programados para começar em 2 de agosto.
A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido, que vetou a fusão em abril em meio a preocupações sobre o impacto do acordo no mercado de jogos em nuvem, concordou em dar à Microsoft uma segunda chance sem precedentes de oferecer uma solução. A Microsoft se ofereceu para vender os direitos de mercado baseados em nuvem para jogos no Reino Unido, informou a Bloomberg anteriormente .
Em uma ação processual separada dos desenvolvimentos desta semana, a CMA disse na sexta-feira que estendeu seu prazo para emitir uma ordem final legal sobre o acordo até 29 de agosto.
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