Estudantes de Araguaína têm aula de campo em comunidades quilombolas e indígenas; ‘foi inesquecível’
Alunos conheceram cultura dos povos originários e comunidades tradicionais da região.
Estudantes do Colégio Estadual Guilherme Dourado e do CEM Castelo Branco participaram de aulas de campo em comunidades quilombolas e indígenas neste semestre.
A atividade, como extensão à prática docente, foi realizada nas comunidades quilombolas de Dona Juscelina, em Muricilândia, Cocalinho, em Santa Fé do Araguaia, e na aldeia Karajá Xambioá.
A ação, referente à eletiva “Povos Originários e Comunidades Tradicionais no Tocantins – História, Memória e Tradição”, foi promovida pela equipe da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias do CEM Castelo Branco, representada pela coordenadora, professora Amanda Ferreira dos Anjos, e o professor José Sérgio Oliveira Sales. A iniciativa teve a parceria do Colégio Estadual Guilherme Dourado, representado pelo professor Mayst Marcos.
Participaram da aula de campo 65 estudantes e oito professores. Entre estes, 25 alunos e três professores do CEM Castelo Branco; e 40 alunos e cinco professores do Colégio Guilherme Dourado.
No primeiro momento, a equipe escolar visitou a Comunidade Quilombola Dona Juscelina, onde participou de palestras referentes à história de formação do quilombo. Depois, assistiram uma apresentação cultural, com músicas e danças, no Centro Cultural.
Já no município de Santa Fé do Araguaia, os estudantes visitaram a Comunidade Quilombola de Cocalinho. No local, a presidente da Associação da Comunidade Quilombola de Cocalinho, Dona Maria das Graças, ministrou uma palestra sobre toda a história de formação do quilombo.
Os estudantes também participaram de um bate-papo com a representante da comunidade para entender melhor o contexto histórico, e ainda acompanharam uma apresentação do grupo de dança Lindô, formado por crianças quilombolas locais.
Na viagem à aldeia indígena Karajá Xambioá, foram apresentadas à equipe escolar as comidas típicas da comunidade, bem como danças, pinturas corporais, artesanato, jogos tradicionais, banho no rio Araguaia e palestra com o cacique da aldeia.
APROVAÇÃO
Sarah Delmondes, estudante do CEM Castelo Branco, destacou a importância da experiência. “Foi uma viagem incrível, cheia de novas experiências e muitas coisas com as quais nunca tive contato. Aprendi e pude vivenciar um pouco de outras realidades de povos que lutaram para chegar onde estão hoje com muita resistência e força. É sempre importante aprender sobre outras culturas”, afirmou.
“Foi uma experiência única e inesquecível, que me permitiu conhecer de perto a cultura e a história desses povos. Vou levar para minha vida como uma fonte de reflexão sobre a importância de preservar e valorizar a cultura desses povos”, pontuou a estudante Maria Paula.
Camila Viana, também estudante do CEM Castelo Branco, destacou que a viagem agregou muito aprendizado, pois foi uma experiência extremamente valiosa. “Durante esses encontros, foram retratadas muitas experiências vividas no cotidiano dos povos tradicionais. Foi possível observar a resistência, as lutas vividas, suas tradições, a culinária e as danças, aprendemos sobre as pinturas indígenas, as comidas típicas e sobre as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas”, relatou.
Francinete Viana, mãe da aluna Camila, elogiou a iniciativa da escola. “A atividade foi necessária, pois com essa experiência os jovens podem ter a concepção de que é importante ter uma visão mais aprofundada sobre os povos tradicionais do Brasil”, frisou.
Professora do CEM Castelo Branco, Marla Maria Borges Ribeiro lembrou que as aulas de campo contribuem de forma significativa para a qualidade do aprendizado. “Ter contato na prática com membros de comunidades quilombolas e indígenas, ouvir suas histórias e relatos, participar de atividades culturais locais, conhecidas apenas pelos livros didáticos, elevou bastante o interesse de nossos estudantes em querer saber muito mais sobre estes povos tradicionais”, ponderou.