ONU diz que Rússia bloqueia ajuda humanitária a vítimas de barragem destruída

Danos à represa de Kakhovka causam inundações de grandes áreas da região de Kherson, sob controle ucraniano e russo, forçando centenas de pessoas a fugirem e gerando temores de um desastre ambiental

-- Publicidade --

-- Publicidade --

Organização das Nações Unidas (ONU) acusou a Rússia de bloquear as entregas de ajuda humanitária nas regiões controladas por Moscou no leste da Ucrânia, afetadas pela destruição recente da represa de Kakhovka. A destruição da represa, em 6 de junho, inundou grandes áreas da região de Kherson, sob controle ucraniano e russo, forçando centenas de pessoas a fugirem e gerando temores de um desastre ambiental. “O Governo da Federação Russa tem declinado até o momento nossa exigência de ter acesso às áreas sob seu controle militar temporário”, informou em nota Denise Brown, coordenadora humanitária para a Ucrânia. “As Nações Unidas vão continuar fazendo tudo o que puderem para chegar a todas as pessoas – inclusive àquelas desabrigadas pela destruição da represa – que precisam urgentemente de assistência para salvar vidas, não importa onde estejam”, acrescentou Brown. “Instamos as autoridades russas a agirem em concordância com suas obrigações sob as normas humanitárias internacionais”, acrescentou.

No sábado, 17, funcionários nas regiões sob controle russo anunciaram que o balanço provocado pela destruição da infraestrutura é de 29 mortos, enquanto Kiev reportou ao menos 16 óbitos e 31 desaparecimentos devido às inundações. A Ucrânia acusa a Rússia de ter colocado minas e dinamitado a represa com o objetivo de fechar a passagem das forças ucranianas que realizam uma contraofensiva na região. A Rússia, em contrapartida, garante que a instalação cedeu após bombardeios ucranianos. A destruição da barragem também causou preocupação pela situação da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que utiliza as águas do Dnieper para resfriar seus reatores. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, visitou a usina esta semana e admitiu que a situação era “grave”, mas que estava “se estabilizando”.<

*Com informações da agência AFP

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte jovempan
você pode gostar também