Magnata George Soros entregou império a seu filho Alexander, diz imprensa dos EUA
O bilionário e filantropo americano George Soros está em processo de transferir o controle de seu império econômico para seu filho Alexander Soros, que deseja, em particular, combater o possível retorno de Donald Trump ao poder, segundo o jornal The Wall Street Journal (WSJ).
Aos 92 anos, George Soros decidiu passar a administração de sua organização para um de seus filhos, Alexander, de 37 anos.
Odiado pelos ultraconservadores e frequentemente alvo de ataques com conotações antissemitas, George Soros começou a criar uma rede de fundações (Open Society Foundations ou OSF) na década de 1980, investindo em todo o mundo em prol de diversas causas, como reformas econômicas e judiciais, direitos das minorias, refugiados e liberdade de expressão.
Em uma entrevista ao WSJ publicada neste domingo (11), Alexander Soros explicou que é “mais político” do que seu pai e que está preocupado com a possibilidade do ex-presidente republicano Trump (2017-2021) ser reeleito para a Casa Branca em 2024.
Sob sua liderança, a OSF deve continuar seguindo o mesmo caminho – apoiando democracias e figuras políticas mais progressistas nos Estados Unidos – mas também adicionar outras causas, como o direito ao aborto e a igualdade de gênero.
Alexander Soros foi eleito presidente do conselho das fundações em dezembro e agora lidera as atividades políticas agrupadas no chamado “super PAC”, uma estrutura que desembolsa fundos para as campanhas dos candidatos políticos em disputa.
Ele é o único membro da família que faz parte do comitê de investimentos do Soros Fund Management, a entidade que supervisiona os fundos filantrópicos, de acordo com o WSJ.
A maior parte dos 25 bilhões de dólares (cerca de 122 bilhões de reais) com os quais o fundo está dotado será destinada à OSF nos próximos anos, e 125 milhões (610 milhões de reais) foram destinados ao super PAC.
O filho de Soros afirmou que deseja se envolver mais na política dos Estados Unidos do que seu pai. Ele apoia programas que incentivam eleitores latinos e afro-americanos a votar e pede aos legisladores democratas que interajam mais com seus eleitores.
“Nossas fileiras devem ser mais patrióticas e inclusivas. O fato de alguém votar em Trump não significa que esteja perdido ou seja racista”, argumentou.