STF forma maioria para manter prisão preventiva de Roberto Jefferson
Ex-deputado está preso no Rio de Janeiro desde outubro de 2022; ele deu tiros e jogou granadas em policiais federais
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar um recurso e manter o ex-deputado Roberto Jefferson preso.
Os ministros seguiram entendimento do relator, Alexandre de Moraes. Cármen Lúcia se declarou suspeita; Jefferson gravou vídeo com insultos e ofensas contra ela.
O ex-deputado está detido no Rio de Janeiro desde outubro de 2022. Ele se tornou réu por publicar o vídeo na internet em que ofendia a ministra e por dar tiros e jogar granadas em uma equipe de policiais federais que cumpria um mandado de prisão na casa dele.
No julgamento virtual, os ministros votam por meio do sistema do STF. Se houver pedido de vista, o julgamento é suspenso. Caso ocorra um pedido de destaque, a decisão é levada ao plenário físico do tribunal. O julgamento começou na sexta-feira (21) e vai até 2 de maio.
Segundo Moraes, o comportamento de Jefferson, “que insiste em desrespeitar as medidas cautelares a ele impostas, revela seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”.
“É evidente que Roberto Jefferson representa um risco para a sociedade, se posto em liberdade. Uma conduta gravíssima, a ponto de pôr em risco a vida de agentes públicos que estavam em serviço, torna evidente que a medida extrema da prisão é não só necessária, mas fundamental no presente caso”, disse Moraes.
Sobre o estado de saúde do ex-parlamentar, o ministro afirmou que o estabelecimento prisional possui plena capacidade de fornecer o tratamento de que ele necessita.