Dólar mantém queda e fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em dez meses
A moeda americana foi cotada a R$ 4,94, o menor patamar desde 9 de junho de 2022, com otimismo em relação à inflação e aos juros
O otimismo em relação ao cenário de inflação e de juros no Brasil, somado ao ambiente positivo no exterior, fez o dólar estender as perdas ante o real nesta quarta-feira (12). A moeda americana atingiu o menor valor de fechamento desde junho do ano passado.
Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, desacelerando-se após ter avançado 0,4% em fevereiro. O resultado elevou a expectativa de que o Federal Reserve não seja agressivo em sua próxima decisão de política monetária, o que deu força a ativos de maior risco, como o real.
No Brasil, permaneceu no mercado o otimismo com o controle da inflação, após dados favoráveis do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na terça-feira (11), e em relação ao novo arcabouço fiscal. O resultado foi mais um dia de pressão de baixa para a moeda americana.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9408 na venda, em baixa de 1,34%. Essa é a menor cotação desde 9 de junho de 2022, quando a moeda havia fechado em R$ 4,9166. Desde junho do ano passado, o dólar não se encerrava abaixo de R$ 5.
Já a Bolsa paulista manteve o viés positivo nesta quarta-feira. O Ibovespa superou os 108 mil pontos na máxima, ainda sob efeito de certo alívio recente no front fiscal do país, bem como pelas expectativas relacionadas à inflação e ao rumo da Selic.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,84%, a 107.102,46 pontos, a terceira alta seguida, segundo dados preliminares, tendo chegado a 108.277,02 pontos no melhor momento — a máxima intradia desde 23 de fevereiro.
O volume financeiro somava R$ 30,9 bilhões, em um pregão também marcado pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.