Novo arcabouço vai agradar ao Congresso e irá priorizar mais pobres no Orçamento, diz Tebet
Ministra do Planejamento despistou e evitou dar mais detalhes sobre novo arcabouço fiscal
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), despistou nesta segunda-feira (20) sobre como será o novo arcabouço fiscal desenvolvido pelo governo federal, mas afirmou que o texto deverá agradar ao Congresso Nacional, em especial ao Senado Federal – casa onde ela exerceu mandato até a legislatura anterior.
“Da forma como a equipe do ministro [Fernando] Haddad (Fazenda) moldou o arcabouço, eu tenho certeza de que vai agradar muito ao Congresso Nacional. É um texto que vai ao encontro ao que o Congresso e o Senado desejam ao Brasil”, afirmou a ministra, em evento promovido pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo.
“Política é a arte de administrar sonho, fazer escolhas e focar em prioridades. Eu sou liberal na economia e não existe dicotomia entre social e fiscal”, acrescentou Tebet. “O pobre tem que estar no orçamento, não pode faltar dinheiro para saúde, educação e fomento à produtividade. As políticas públicas têm que pensar na parcela mais pobre do país”.
Simone Tebet, que foi uma das ministras a ter acesso ao projeto do novo arcabouço fiscal junto com Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), disse que está “em voto de silêncio” sobre o texto e que as perguntas devem ser direcionadas ao ministro Fernando Haddad.
Reunião do BID
A ministra do Planejamento, que esteve neste fim de semana no Panamá em reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), reafirmou que o Brasil voltou a participar dos bancos multilaterais e que o país seguirá atuando nos blocos regionais.
“A cadeira do Brasil estava vazia e os olhos da América Latina estão para o Brasil”, reforçou Tebet, que disse que o BID deverá atuar para fomentar políticas de sustentabilidade e igualdade de gênero.