Lucro da Vale recua 32,4% em 2022 e receita líquida diminui 19%

Lucro da mineradora somou R$ 16,728 bilhões no ano passado.

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O lucro líquido atribuível aos sócios controladores da Vale (VALE3) caiu 31,4% no quarto trimestre de 2022, ante o mesmo intervalo de 2021, para R$ 3,72 bilhões. Já no acumulado de 2022, o montante recuou 32,4%, para R$ 16,728 bilhões.

O lucro líquido contábil da companhia no ano de 2022 somou R$ 95,9 bilhões, o terceiro maior da história entre empresas listadas na bolsa B3, segundo informações do TradeMap.

A receita líquida de vendas da companhia também sofreu queda de 8,88% na análise trimestral, para R$ 11,941 bilhões, enquanto na somatória do ano ficou em R$ 43,839 bilhões, recuo de 19%.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado total caiu de R$ 4,726 bilhões no quarto trimestre de 2021, para R$ 4,626 bilhões, no mesmo intervalo do ano passado. No acumulado de 2022 somou R$ 19,760 bilhões, contra R$ 31,154 bilhões em 2021.

A dívida líquida da companhia chegou a R$ 7,915 bilhões no quarto trimestre de 2022, montante quatro vezes maior do que a quantia de R$ 1,877 bilhão registrada no mesmo intervalo do ano de 2021.

A dívida líquida expandida atingiu US$ 14,1 bilhões em 31 de dezembro de 2022, contra R$ 9,048 bilhões de 2021, principalmente, explicado pelo desembolso de US$ 966 milhões para o programa de recompra de ações, informou a empresa.

Comentário do CEO

Em relatório de resultados, Eduardo Bartolomeo, CEO da mineradora, escreveu que em 2022, a companhia alcançou progressos importantes em prioridades estratégicas.

Em segurança, o executivo mencionou que foi retirado a barragem B3/B4 do nível de risco mais alto.

Em soluções para siderurgia, a empresa avançou, segundo ele, para parceiro de escolha para produtos de alta qualidade, alavancando o endowment (fundo patrimonial) mineral único da Vale e capitalizando a tendência de descarbonização da siderurgia.

“Nessa frente, anunciamos hubs para o desenvolvimento de soluções verdes no Oriente Médio e asseguramos MoUs com clientes que representam cerca de 50% das nossas emissões de escopo 3, expandindo a oferta de produtos de baixo carbono, como pelotas e briquetes de alta qualidade”, escreveu.

Nas operações, Bartolomeo citou as medidas concretas para entregar o guidance de crescimento de longo prazo.

No negócio de materiais para a Transição Energética, o executivo mencionou que as operações em Sudbury estão agora estáveis, e “Onça Puma teve a melhor produção anual dos últimos cinco anos”.

No Cobre, o desempenho foi retomado após grandes manutenções em Salobo e
Sossego, e disse que a empresa prontos para um bom começo em 2023.

“Também redesenhamos o Comitê Executivo, assegurando uma organização
adequada com maior foco em nossas operações e no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a revolução energética global,” avaliou o executivo.

Maior lucro da história

O lucro líquido contábil da Vale no ano de 2022 somou R$ 95,9 bilhões, o terceiro maior da história entre empresas listadas na bolsa B3, segundo informações do TradeMap. O maior lucro histórico é da própria empresa no ano de 2021 com R$ 121,2 bilhões seguido pela Petrobras com o lucro no ano de 2021 com R$ 106,6 bilhões.

Entre os 15 maiores lucros da história das empresas listadas na B3 temos ainda o Banco do Brasil na nona posição com o lucro de 2022 de R$ 31,0 bilhões e o Itaú Unibanco na decima primeira posição com R$ 29,4 Bilhões

Ainda de acordo com o TradeMap, somente quatro empresas compõem a lista dos 15 maiores lucros e o Banco do Brasil entra na lista pela primeira vez no ano de 2022. A Petrobras tem sete aparições seguida pela Vale com cinco, Itaú Unibanco com duas e Banco do Brasil com um registro.

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Fonte investnews
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