Bolsas de NY fecham em alta, impulsionadas por CPI abaixo do esperado
Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta hoje, em sessão marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e com mercado de olho na decisão do Federal Reserve (Fed) amanhã. Os indícios de redução nas pressões inflacionárias reforçaram a percepção de que o banco central americano deverá reduzir seu aperto monetário, que visa justamente conter os preços elevados.
O índice Dow Jones fechou em alta 0,30%, aos 34.108,64 pontos, o S&P 500 subiu 0,73%, aos 4.019,65 pontos e o Nasdaq cresceu 1,01%, aos 11.256,81 pontos.
Hoje, o Departamento do Trabalho publicou o CPI dos EUA, que avançou abaixo do esperado pelo mercado, o que ajudou a aumentar o apetite por risco de investidores. Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações adotaram um relatório que apoia a ideia de que o Fed poderia acabar com o aumento das taxas após a reunião do Fed de fevereiro. “O Fed pode não ter que elevar as taxas para 5,00% ou mais e isso é uma notícia surpreendente para os traders de ações”, avalia.
No entanto, segundo relatório da S&P Global, o humor entre os investidores de ações dos EUA piorou em dezembro, com o retorno provisório do apetite ao risco visto em outubro evaporando ainda mais. “Com quase um em cada oito investidores antecipando uma recessão profunda e outros 70% esperando uma recessão moderada, o ambiente macroeconômico continua sendo uma preocupação importante para os mercados”, avalia.
Entre os destaques do pregão, está a compra de 787 aeronaves da Boeing por parte da United Airlines. O acordo é “o maior pedido de fuselagem larga por uma transportadora dos EUA na história da aviação comercial”, de acordo com o comunicado de imprensa da United. A United Airlines fechou em baixa de 6,94% e a Boeing fechou em alta de 0,46%%. A companhia aérea seguiu tendência de quedas de pares, como American Airlines (-5,28%) e Delta Air Lines (-4,00%), em dia no qual a JetBlue sinalizou demanda abaixo do esperado para o setor. Já a Tesla recuou 4,09%, enquanto investidores da empresa questionam a atenção que o CEO Elon Musk dá ao Twitter, recém adquirido.