PIB brasileiro no 3º tri, “payroll” nos EUA e discurso de Jerome Powell: o que esperar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

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A passagem de novembro para dezembro vai ser marcada por uma série de indicadores de peso, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Por aqui, os agentes de mercado continuam monitorando os movimentos do governo de transição. As incertezas com relação à política fiscal e equipe econômica de Lula seguem impedindo a Bolsa brasileira de ganhar tração – pelo contrário, tem alimentado sentimentos de aversão ao risco.

“Há dois tópicos a se monitorar na semana. Primeiro, discussões sobre a PEC que exclui o Auxílio Brasil do teto de gastos. Nenhum progresso foi observado até agora e, com a proximidade do recesso legislativo, o prazo para aprovação das contas está se tornando desafiador”, diz relatório de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.

“Em segundo lugar, anúncios para os ministérios ainda precisam ser feitos, e já que não há data definida para isso, pode ser que eles aconteçam esta semana”, complementou.

O principal destaque da agenda de indicadores econômicos é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre deste ano, na quinta-feira (1). O Itaú projeta um crescimento de 0,5% na comparação com o segundo trimestre e de 3,6% em base anual. Caso isso se confirme, a economia continuou crescendo, mas de forma desacelerada.

“Todas as três principais categorias – agricultura, indústria e serviços – devem apresentar crescimento no período, com serviços, mais uma vez, trazendo a maior contribuição positiva”, diz o relatório do Itaú.

Na sexta-feira (2), sai o indicador de atividade industrial referente ao mês de outubro e o Itaú prevê avanço de 0,5% em relação a setembro – na comparação anual, projeta crescimento de 2%.

A semana também vai ser marcada por dados de emprego. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é esperado para quinta-feira e a PNAD Contínua para quarta (30).

O Itaú espera uma desaceleração na criação de empregos formais em outubro. “Já em relação à taxa de desemprego, esperamos uma queda de 1 ponto percentual para 8,6%”, diz o relatório do banco.

Na segunda-feira (28), o Banco Central divulgará a taxa de inadimplência mensal e os estoques de crédito. Na terça-feira (29), sai o resultado primário do governo em outubro e na quarta (30), os resultados nominais do setor público, assim como a relação dívida líquida/PIB.

Dados do mercado de trabalho também são destaque nos EUA

O ponto alto da agenda de indicadores dos Estados Unidos é a sexta-feira (2) quando será divulgado o payroll, compilado de dados oficiais do mercado de trabalho americano. O consenso Refinitv aponta para a criação de 200 mil empregos em novembro, uma desaceleração em relação à outubro.

 

A média de projeções do mercado também aponta para uma taxa de desemprego estável, em 3,7%. O Banco Central americano vai acompanhar o dado com atenção, já que o mercado de trabalho tem sido um dos principais geradores de inflação no país, segundo o Federal Reserve.

Como de costume, antes do payroll tem o relatório JOLTS, a ser divulgado na quarta-feira, com as vagas em aberto no mercado de trabalho americano – o consenso Refinitv prevê que esse número venha em 10,3 milhões em outubro.

Nesse mesmo dia sai a pesquisa ADP, com a criação de vagas no setor privado. A média das projeções do mercado aponta para a abertura de 200 mil postos de trabalho em novembro.

Outro higlight da quarta-feira é um aguardado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá trazer novas pistas sobre a política de aperto monetário do país.

A próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a última do ano, será realizada em 14 de dezembro. O monitor de juros, do CME Group, mostra que 75% dos agentes de mercado esperam por uma desaceleração no ritmo de aperto, prevendo uma alta de 50 pontos base (após quatro altas consecutivas de 75 pontos).

Ainda na agenda americana de indicadores, tem o Livro Bege, na quarta-feira. O índice de preços para despesas e consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), considerado o favorito do Fed para mensurar a inflação, será divulgado na quinta. O consenso Refinitiv prevê uma desaceleração do indicador em outubro, crescendo 0,3% na comparação com setembro – de agosto para setembro o PCE avançou 0,5%.

De olho na inflação na Europa e atividade chinesa

A inflação também é destaque na Europa. Na quarta-feira sai o índice de preços ao consumidor anual que, de acordo com o consenso Refinitiv, deve acumular alta de 10,4% em novembro, desacelerando dos 10,6% em outubro.

A situação dos casos de Covid-19 na China também vai continuar sendo monitorada. Por lá são esperados índices de gerente de compras (PMIs) na terça e na quarta-feira.

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Fonte infomoney
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