Mulheres são maioria no metaverso, mas não na liderança das empresas que criam a tecnologia
Homens ocupam 90% dos cargos executivos em organizações que moldam a economia ao redor do metaverso, segundo a McKinsey
As mulheres gastam proporcionalmente mais tempo no metaverso e estão mais propensas a liderar iniciativas na nova fronteira da internet, mas os homens ainda ocupam 90% dos cargos executivos em organizações que moldam essa economia emergente.
“As mulheres ainda estão excluídas dos papéis de liderança” que são fundamentais para criar e estabelecer padrões no metaverso, de acordo com relatório divulgado na segunda-feira pela McKinsey.
Empresas como Meta e Unity estão investindo pesadamente no metaverso, descrito como um mundo virtual e de realidade aumentada onde as pessoas podem trabalhar, se sociabilizar e aprender.
O relatório da McKinsey, que entrevistou cerca de 2.000 pessoas, afirma que as mulheres se exercitam em realidade vitual, fazem compras digitais usando realidade aumentada e tem aulas em salas de aula virtuais em uma proporção mais alta do que os homens. Os homens compram tokens não fungíveis e usam plataformas de jogos mais do que as mulheres.
Uma pesquisa da McKinsey com 450 executivos seniores indicou que as mulheres também implementam iniciativas no metaverso em suas empresas com mais frequência do que os homens. Cerca de 60% das mulheres, em comparação com 50% dos homens, disseram ter criado mais de dois desses projetos, principalmente em marketing ou aprendizado e desenvolvimento de funcionários.
Ao mesmo tempo, as mulheres ocupam apenas de 8% a 10% das posições de liderança em organizações que ditam os padrões do metaverso, como o Metaverse Standards Forum e a Open Metaverse Alliance for Web3, de acordo com o relatório.
Isso é semelhante aos cerca de 9% das empresas da Fortune 500 lideradas por mulheres, de acordo com a pesquisa. As mulheres ocupam menos de 25% dos cargos de liderança sênior em tecnologia em geral, de acordo com relatório da Deloitte do ano passado.