Campanha de Lula pede remoção de posts que associam candidato a confisco de bens

Desinformação foi criada a partir de uma distorção de uma matéria da CNN que foi ao ar em fevereiro deste ano

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A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou, nesta quarta-feira (5) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ação na qual pede a remoção imediata postagens que associam o candidato ao confisco de bens e ativos.

Nas publicações, é distorcida uma reportagem da CNN para induzir os eleitores a acreditarem que o candidato teria a intenção de confiscar bens e ativos financeiros da população brasileira.

Os advogados pedem a aplicação de multa no valor de R$ 25 mil para todos os envolvidos, que veicularam fake news nas redes sociais.

“É mais grave: tais medidas acarretariam prejuízo à integralidade da população, visto o suposto confisco de ativos, trazendo insegurança para o patrimônio dos eleitores brasileiros. Ora, a fake news é absurda e descabida, visto que já foi desmentida tanto por veículos de imprensa quanto por agências de checagem e até mesmo pelo próprio repórter que aparece no vídeo”, disse a campanha.

Na ação, a Coligação Brasil da Esperança aponta que a fake news aparece nas timelines dos eleitores com tanta frequência que a própria rede CNN já se manifestou, ressaltando que uma matéria foi deturpada para disseminar uma mentira. Esta é a terceira vez que a mesma fakenews é divulgada por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro.

“Foram publicados materiais contendo fatos inverídicos e manipulados, com o condão de atingir a integridade do processo eleitoral, por utilizar desinformação para fazer crer que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva possuiria a intenção de confiscar os bens dos cidadãos brasileiros”, argumentaram os advogados Angelo Ferraro e Cristiano Zanin Martins, na ação.

Para a campanha, a desinformação é, sobretudo, um mal que vem assolando o mundo e especialmente o Brasil, por configurar a manipulação de fatos através da subversão do que realmente ocorreu, de modo a modificar a verdade e alterar o entendimento dos cidadãos, inclusive no que tange ao processo eleitoral.

“É por isto que a desinformação, que caracteriza a essência das publicações objeto desta ação, significa prática antijurídica, tendo em vista que afeta a liberdade de conhecimento dos cidadãos e, automaticamente, influencia negativamente no processo eleitoral por afetar o direito livre de voto”.

Procuradas pela CNN, as empresas donas do Twitter, Tiktok e Kwai ainda não se pronunciaram sobre a ação.

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Fonte cnnbrasil
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