Max Fercondini conta como demissão foi fator determinante para que ele se reinventasse na vida
Ator, apresentador, velejador e piloto de avião fala sobre 'Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro', livro no qual divide seus aprendizados a bordo de seu veleiro no Mediterrâneo e em suas expedições pelos céus do Brasil
O ator, apresentador, velejador e piloto de avião, Max Fercondini, de 37 anos, nunca imaginou que ser demitido da TV, há alguns anos, seria tão determinante para que ele se reinventasse e colocasse seus projetos pessoais em ação. Atualmente, ele desbrava céu, terra e mar e lançou o livro Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro, no qual divide seus aprendizados a bordo de seu veleiro no Mediterrâneo e em suas expedições pelos céus do Brasil.
“São minhas aventuras pelo céu, pela terra e pelo mar. O pessoal me conhece bastante pelas novelas, apresentei o Globo Ecologia durante cinco anos, foram 20 trabalhando como ator. Mas em um determinado momento decidi que ia fazer minhas expedições. Na verdade, fui demitido [da TV Globo]. A rescisão do meu contrato foi um fator determinante”, recorda em entrevista ao The Noite, que vai ao ar nesta terça-feira (20), a uma da madrugada, no SBT.
Para Max, a demissão acabou, no final das contas, sendo o melhor que poderia lhe acontecer. “Só tive essa consciência anos mais tarde. Foi quando decidi fazer minha primeira expedição aérea. As minhas viagens são expedições. Você não prioriza luxo. O conforto é o luxo. Ter uma cama decente, uma lavanderia. Tive que usar a mesma roupa por alguns dias. Foram cinco meses que voei pelo Brasil. Pousei em tribo indígena, comunidade quilombola, ribeirinhos”, diz.
Solteiro e morando em seu veleiro há cinco anos, ele fala ainda sobre o estilo de vida que adotou. “Tem seus altos e baixos, as suas dificuldades. O barco sempre tem algum probleminha. Mas quando estou ali embaixo fazendo um trabalho difícil, penso no trânsito de São Paulo e passa rapidinho. Comecei a trabalhar com 14 anos de idade e isso me fez ter um patrimônio que me permitiu a compra do avião. Nunca foi um luxo, eu queria a expedição aérea. O barco já foi outra ideia, que é realmente viver nele. Não é o quanto você ganha, mas o quanto você gasta que vai determinar seu padrão e sua qualidade de vida”, argumenta.