Bolsonaro nega campanha eleitoral no 7 de Setembro ao TSE
Defesa do presidente alega à Justiça Eleitoral que os eventos oficiais foram tratados de maneira distinta dos atos de campanha
Em manifestação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o presidente Jair Bolsonaro, por meio dos advogados, negou a prática de irregularidade eleitoral durante os atos de 7 de setembro. O chefe do Executivo, junto ao candidato a vice, Walter Braga Neto, são acusados de usar o Desfile da Independência para fazer campanha eleitoral. O caso será julgado na noite desta terça-feira (13) no plenário do TSE.
O presidente é alvo de uma AIJE (Ação de Investigação Judicial), por suposta prática de abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A chapa dele é acusada de usar os equipamentos públicos, a verba pública destinada aos desfiles e as transmissões oficiais para pedir votos e tentar convencer o eleitor a apoiá-lo no dia 2 de outubro, quando se realiza o primeiro turno das eleições.
O TSE determinou a retirada da internet e da campanha eleitoral de vídeos do presidente nos atos relacionados ao feriado da Independência. Os autores da ação pedem a inelegibilidade. No entanto, a campanha do presidente utiliza o argumento de que a decisão atingiu vídeos gravados por populares, que não utilizaram o aparato público para ser filmados.
Na manifestação na Justiça Eleitoral, os advogados de Bolsonaro alegam que as imagens usadas foram separadas, entre as que foram gravadas pela comunicação pública e as captadas pela campanha. Além disso, Bolsonaro e Braga Netto teriam, na visão da defesa, deixado de atuar com intenções eleitorais nos eventos oficiais.
“Não obstante isso, calha esclarecer que, desde sempre, especialmente no dia 7 de setembro, os investigados fizeram clara diferenciação, com bordas cirúrgicas limpas, entre os atos oficiais de comemoração do Bicentenário da Independência e as suas participações políticas em manifestações espontâneas paralelas, que tradicionalmente ocupam as ruas, pelo menos desde junho de 2013, como se reconhece na própria petição inicial.”