Vagner Love quer acesso à Série A e mira protagonismo no Sport

-- Publicidade --

Vagner Love acredita no Sport nesta Série B do Brasileirão e sabe que concorrentes como Vasco, Bahia, Grêmio e Cruzeiro serão difíceis de serem alcançados. Mesmo assim, o ‘artilheiro do amor’ deixou bem claro, em entrevista exclusiva para o SportBuzz, que ele não foi para ser coadjuvante em Recife. Aos 38 anos, o centroavante não pensa em parar e quer recolocar o Leão da Ilha na elite do futebol nacional.

O atacante, que já marcou logo na sua estreia, contou detalhes de como foi o acerto com o Sport. De acordo com Love, o Leão foi a sua primeira opção: “Apareceram algumas propostas de fora e para outras equipes da Série B e me interessei muito pelo projeto do Sport. É o maior clube do Nordeste, tem uma história muito bonita. Eu gostei do projeto, do objetivo em jogar a Série A. Quero dar o meu melhor aqui e tentar ajudar o clube a conseguir o acesso“.

Antes mesmo de estrear, Vagner Love desembarcou em Recife com uma grande apoio dos torcedores. A contratação foi destaque no cenário nacional e ele se surpreendeu com tudo: “Não esperava tanta repercussão, pensei que seria uma coisa mais normal. Desde a primeira vez que eu pisei em Recife, no centro de treinamento, recebi o carinho de todos os funcionários, jogadores e comissão técnica“.

Depois eu tive o jogo de apresentação ali no Guarani, no intervalo, com toda torcida e me emocionei muito e fiquei muito feliz. Eu quero retribuir essa confiança e esse carinho que todos estão tendo comigo“. Além disso, Vagner Love quer assumir o seu protagonismo no Sport e quer corresponder com as expectativas dos torcedores pernambucanos.

“Eu sei do meu potencial, da minha qualidade. Hoje com 38 anos passei por coisas maravilhosas na minha vida, eu sei da minha responsabilidade; eu quero fazer por onde, quero assumir esse protagonismo. Se a gente subir [para a elite do Brasileirão] com o Sport, todo mundo vai estar bem, vou estar novamente no mercado brasileiro. Vai ser bom para mim e para o clube, além de ajudar os mais jovens a conquistar o seu espaço no cenário nacional“, seguiu.

Love não escondeu a sua felicidade em balançar as redes pelo Sport logo no seu primeiro jogo como atleta do clube e descreveu a emoção: “Foi muito maravilhoso, muito gostoso. Queria ter estreado com uma vitória, mas fico muito contente em poder estrear com gol e receber todo esse carinho. A gente sabe alguns atalhos, sabe se posicionar bem. Eu sei que fazendo gols vou poder ajudar o Sport a vencer os jogos“.

E o acesso do Sport para a Série A do Brasileirão?

Atualmente, o Sport está há oito pontos de diferença do Vasco, a primeira equipe que ocupa o G-4 da Série B do Brasileirão. Love sabe da dificuldade, mas acredita que existe tempo para uma virada. Segundo ele, o time pernambucano precisa se encontrar em campo e acreditar que é possível retornar para a primeira divisão. Ainda de acordo com o ‘artilheiro do amor’, uma sequência de vitórias é importante para o retorno a Série A.

“A gente sabe que a dificuldade é grande, todos os clubes com o objetivo de voltar à série A do Brasileiro e o Sport vai lutar por isso até o final. A diferença de oito pontos teoricamente parece grande, mas se vencermos nos três próximos jogos e os times como Vasco e outros que estão 40 pontos tropeçarem, nós encostamos e entramos na briga. Também vai a ver o s confrontos diretos, então temos que nos preocupar com o nosso trabalho para quando chegar o momento conseguir o nosso objetivo“.

Vagner Love ainda comparou a disputa pelo acesso na Série B com a briga pelo título da primeira divisão do Brasileirão: “É a mesma forma, se você está brigando por um título da Série A, você vai estar brigando de qualquer maneira por ele. Em 2015 eu passei por isso com o Corinthians e conseguimos o título. E na Série B, se conseguirmos o acesso, é como conquistar um título. Mesmo que não sejamos campeões vai ser importante para todos“.

Confira outras respostas de Vagner Love:

• Chegada num clube em transição: 

R: “Olha eu não participei desta transição. Eu cheguei junto com o Claudinei. A mudança de treinador é ruim, ela não é boa, cada um tem a sua maneira de jogar. Isso gera uma dificuldade de entendimento dentro de campo. Tira uma identidade que você está criando com o treinador. Essa dificuldade existe e na Série B são momentos que a gente não pode errar. Temos que recuperar essa identidade para que a gente possa ganhar os jogos e subir na tabela”.

“É complicado. Eu estou chegando agora, requer um período de tempo para adaptação. Eu nunca tinha jogado com os jogadores que estão aqui, mas são jogadores que têm muita qualidade. Quanto mais rápido a gente adquirir esse entrosamento, mais rápida a resposta vai ser no campo. A gente tenta fazer isso nos treinamentos para poder reproduzir em campo. E, às vezes, essas trocas de treinadores atrapalham um pouco”.

• Recado para a torcida do Sport: 

“Às vezes a torcida também tem pouca paciência com os jogadores, mas a gente tem consciência disso e estamos trabalhando para melhorar. A única coisa que a gente pede para os torcedores é isso: vão ao estádio, torçam do início ao fim e, se as coisas não acontecerem do jeito que eles querem, eles têm todo o direito de me vaiar, de me xingar e cobrar, mas sendo de uma forma saudável. Com certeza a gente vai aceitar“.

• O futuro da carreira e no Sport:

“Graças a Deus a idade não tem sido um problema para mim. O meu corpo está me permitindo isso. Eu fiz contrato com o Sport até o final da temporada, mas vamos aguardar. Eu gosto de viver uma coisa de cada vez e eu estou focado em alcançar o objetivo e depois, se houver oportunidade, se subir para a Série A, eu estarei disposto a conversar com o Sport para poder seguir ou não seguir”. 

“Não penso em me aventurar, até pensei em sair, mas a minha família foi importante na escolha. Conversei com a minha esposa e vimos que o momento era de ficar no Brasil. Penso em continuar por aqui, deixar as coisas acontecerem e espero que eu possa construir uma grande história aqui no Sport e continuar por mais tempo”.