Zico revela segredo do gol de falta no título do Flamengo na Libertadores de 1981: ‘Já sabia e aconteceu’

Final daquele ano foi feito em três jogos. Ídolo do clube afirmou que isso foi fundamental para que ele tivesse como analisar o goleiro adversário

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Maior ídolo do Flamengo, Zico concedeu entrevista ao ‘The Noite’, do SBT, e falou sobre o gol de falta que sacramentou o título do Flamengo na Libertadores de 1981 sobre o Cobreloa no estádio Centenário, de Montevidéu. O Galinho relembrou que torceu para uma falta na frente da área pois já sabia como tirar o goleiro da jogada.

A final da Libertadores daquele ano foi feito em três jogos após uma vitória para cada lado nos dois primeiros. Zico afirmou que isso foi fundamental para que ele tivesse como analisar o goleiro Óscar Wirth.

– Não sei se foi no primeiro ou no segundo jogo que eu tinha batido uma falta e vi que o goleiro saiu bem antes (para o outro lado do gol). Então torci muito para que tivesse uma falta nesse jogo, porque eu ia bater no canto dele, já sabia e aconteceu – relembrou.

Exímio batedor de falta, Zico ainda falou que esse foi seu gol mais especial daquela edição da Libertadores.

– Foi (o mais marcante) por diversas circunstâncias. A falta é um dos gols que eu mais gosto e é aquele momento em que todo mundo para, para ficar olhando. Se você está em movimento, às vezes tem algum distraído. Fazer um gol de falta, em uma final e liquidar o título, que até aquele momento era o mais importante da história do Flamengo – exaltou.

Zico ainda falou sobre a preparação mental para aquele campeonato e a importância do treinador Paulo Cesar Carpegiane para que ele não caísse na “catimba” dos adversários.

– Quando o Carpegiani chegou no Flamengo – já era com uma certa experiência – foi muito importante porque ele virou para mim um dia e falou ‘você vai ser o cara mais visado, vão procurar fazer tudo para te desarmar, vão tentar fazer qualquer coisa para que você perca o pensamento no jogo, que você possa revidar. Não fica com o negócio de ser ‘macho’, ‘homem’, se o cara te cuspir aqui você dá o outro lado para ele cuspir, mas continua fazendo gol nele’ – relembrou.

O Galinho ainda citou um momento de provocação no jogo da final realizado no Maracanã em que ele não regiu.

– Nós estávamos jogando a final da Libertadores. Fui bater a falta e quando eu abaixei para botar a bola, tinha um ponta esquerda que estava atrás, ele me deu uma ‘dedada’. Dei aquela trancada, olhei para trás, lembrei do Carpegiani. Olhei para ele, um cara bom, que jogava pra caramba, e falei ‘quando acabar o jogo, você me dá seu telefone’. Se eu dou-lhe uma porrada eu vou ser expulso, prejudicar o time, era tudo que ele queria – afirmou.

O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, 00h30.

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