Mesmo em queda, criptomoedas movimentam R$ 15 bilhões no 2º tri, diz processadora de pagamentos
Volume de transações de criptomoedas bate recorde em plataforma líder em processamento na Europa, mesmo em trimestre caracterizado por fortes quedas
Apesar de ainda não terem sido adotadas pela população em massa, as criptomoedas já movimentam mais dinheiro do que se imagina. A CoinsPaid, líder europeia em processamento de transações no blockchain, divulgou que obteve € 2,8 bilhões em volume de transações no segundo trimestre de 2022.
Fundada em 2014 na Estônia, a empresa bateu seu recorde em maio, quando processou mais de € 1 bilhão em transações. No comparativo com o mesmo mês em 2021, houve um salto de aproximadamente € 600 mil.
Apesar do mês de julho ter apresentado uma reviravolta positiva para o mercado de criptomoedas, as principais criptomoedas ainda perdem mais de 50% em 2022. O movimento ocorre desde que fatores geopolíticos, macroeconômicos e internos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, os aumentos da taxa de juro nos Estados Unidos e o colapso da criptomoeda Luna afetaram negativamente o desempenho dos ativos de risco.
Ainda assim, criptomoedas como o bitcoin seguem em um ciclo contínuo de adoção e negociação e a América Latina pode representar uma região bastante fértil para a sua expansão.
Além de um escritório da empresa em São Paulo previsto para ainda em 2022, a CoinsPaid anunciou em comunicado que pretende acompanhar a adoção das criptomoedas na América Latina pelos próximos anos.
“Quando o assunto é e-commerce, descobrimos na pesquisa que realizamos no início deste ano, uma resposta quase homogênea sobre a intenção de usar cada vez mais as criptomoedas como forma de pagamento e, por isso, a CoinsPaid vê a região como um hub que pode crescer exponencialmente quando falamos de criptomoedas”, disse Eugen Kuzin, vice-presidente de marketing da CoinsPaid, empresa responsável pela transação de 8% de toda a oferta disponível de bitcoin.
Para o CEO e cofundador da empresa, Max Krupyshev, o crescimento foi impulsionado por um estudo sobre as necessidades do mercado e, na América Latina, deve ser tão promissor quanto.
“Hoje vemos diversas empresas ao redor do mundo oferecendo o mesmo serviço, mas na mesma proporção em que processadores de criptomoedas são criadas, muitas empresas não conseguem se consolidar no mercado. Por isso os nossos executivos visitaram alguns dos países que podem ser importantes players do setor, como o Brasil”, justificou Krypyshev.