TENSÃO EM PALMAS: SERVIDORES TEMEM “TERCEIRIZAÇÃO” DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

É de conhecimento geral no meio político palmense que o secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas, Roberto Sahium, figura entre os melhores secretários de capitais brasileiras. Desde que assumiu, vem fazendo um trabalho sério e correto, com planejamento e ordenamento quando assumiu, havia apenas 3.600 Km de estradas vicinais atendendo aos produtores rurais. Hoje, já são mais de 4.600 Km, restando ainda 360 Km para serem concluídos em 34 dias.

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Por Edson Rodrigues

 

Vale ressaltar que esse trabalho não interferiu, em momento algum, no apoio aos pequenos e médios produtores do cinturão ver de Palmas, com insumos, patrulhas agrícolas e outras ações intrínsecas à agricultura.

 

O que ninguém entendeu, até agora, foi a necessidade que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, sentiu, em colocar o senhor Rolid Jaber Júnior, esposo da sua chefe de gabinete, Mila Jaber, como secretário executivo de Desenvolvimento Rural, se, no comando da pasta já há Roberto Sahium com toda a sua expertise e experiência.

 

INTERVENÇÃO BRANCA

Correr nos corredores e gabinetes da secretaria de Desenvolvimento Rural que houve um “pedido para que Roberto Sahium entregasse o carro oficial que utilizava para percorrer a zona rural do município”.  Logo depois desse episódio, contou um servidor, o Sr. Rolid Jaber, já nomeado como secretário executivo, chegava à sede da secretaria a bordo desse mesmo carro, com direito a motorista. “Fico muito triste ao ver um secretário humilde, que sempre trabalhou sério, de sol a sol, sendo humilhado dessa forma.  É uma verdadeira intervenção branca, mesmo”, afirmou um servidor.

Maquinários realizando manutenção de acessos na região dos assentamentos São João, São Joãozinho e Mariana

Segundo apuramos, os servidores da Pasta estão temerosos a respeito de um provável pedido de exoneração por parte de Roberto Saihum, que, além de competente, nunca se prestou a servir de “escada” para ninguém e, dentro da sua humildade e correção, jamais aceitaria “estar” secretário enquanto outros é que tomariam as decisões, como na chamada “intervenção branca”.

Roberto Sahium

Os servidores da pasta, o secretário executivo chegou com a incumbência de “tornar a prefeita conhecida na zona rural”, o que seria uma incoerência tamanha, além de um verdadeiro tiro no pé, pois, se os produtores rurais de Palmas não conhecem o secretário executivo, como ele serviria de intermediário entre eles e a prefeita?

 

O Paralelo 13 tentou contato com o secretário executivo de Desenvolvimento Rural, Rolid Jaber, mas fomos informados de que ele se encontrava em Goiânia, não se sabe se a serviço ou para resolver assuntos particulares. Tentamos, também, conversar com Roberto Sahium, mas fomos informados  que ele estaria trabalhando na Agrotins.

 

A verdade é que a chegada do “secretário executivo” deixou os servidores da pasta, para não dizer tensos, nervosos, sem saber “pra qual santo rezar”, pois o comportamento do novo “servidor” é “de interventor, mesmo, de manda-chuva. O clima é de pânico geral, pois ninguém quer a saída do Saihum”, como afirmou um servidor que, obviamente, preferiu não se identificar.

 

EXEMPLO “EM CASA”

O que os servidores da Secretaria de Desenvolvimento Rural mais temem é que aconteça na Pasta o mesmo que vem acontecendo na Secretaria da Educação de Palmas, onde a titular, indicada pela deputada federal Dorinha Seabra, apenas “está” secretária, pois, segundo fontes, é feita uma triagem em seus despachos e só são liberados os tratados diretamente com a chefe de gabinete da prefeita, Mila Jaber

 

Segundo os próprios colegas, a secretária de Educação, Cleizenir Divina dos Santos, é a que sofre nas mãos da “gerentona” ou “Dilmona”, como está sendo chamada a chefe de gabinete, Mila Jaber.

Dificilmente um secretário do município de Palmas consegue “despachar” com a prefeita. Trocando em miúdos, como foi confirmado por quatro secretários municipais, Cinthia Ribeiro “terceirizou” sua administração, reservando para sai apenas o papel de “coordenação” dos atos administrativos.<br />
Até mesmo os vereadores são feitos diretamente com a chefe de gabinete, que se tornou a real mandatária da prefeitura.

“BOLSONARO”

É verdade que Cinthia Ribeiro vem cumprindo à risca as ações programadas pelo então prefeito, Carlos Amastha, de quem era vice. Amastha captou recursos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco Mundial, deixando a prefeitura com os cofres abastecidos, a ponto da atual prefeita estar planejando o lançamento de um pacote de obras até o fim do ano.

 

Um dos secretários municipais nos confidenciou que Cinthia Ribeiro já é chamada de “Bolsonaro” pelos servidores, por ter se afastado do grupo político que a alçou ao cargo maior do município. “A única diferença, é que o Bolsonaro é quem manda e, ela, terceirizou seu governo”, finalizou o secretário.

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Fonte oparalelo13
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