Polícia pede prontuários de mais de 20 mulheres atendidas por médico preso por estupro

Delegacia da Mulher de São João de Meriti investiga seis possíveis casos de abusos cometidos por Giovanni Quintella Bezerra

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A Polícia Civil solicitou os prontuários de pelo menos 20 mulheres que foram atendidas em diferentes hospitais do Rio de Janeiro pelo médico Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente que estava em trabalho de parto.

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, além de atuar no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde o crime foi filmado por profissionais da enfermagem, o anestesista prestava serviços no Hospital da Mãe, em Mesquita, e no estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da capital.

Nesta quarta-feira (13), a polícia entregou o celular utilizado para flagrar o estupro e pedaços de gaze que podem conter material genético do médico ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli, para a realização de perícia.

Após a primeira denúncia, feita por funcionários do hospital que desconfiavam da conduta de Giovanni, a Deam passou a apurar outros cinco casos de possíveis crimes cometidos pelo anestesista contra outras pacientes.

Até o momento, a polícia já ouviu três mulheres que foram atendidas por Giovanni. Ao menos duas declararam ter sido dopadas durante o procedimento. Os agentes investigam se o médico usava quantidade excessiva ou até desnecessária de anestesia para cometer os abusos.

Lomba espera colher, ainda, os depoimentos da vítima que teve o estupro filmado e de seu marido. A mulher já teve alta e está ciente do que ocorreu, de acordo com a polícia.

Giovanni foi preso no domingo (10), após a polícia ser acionada pela direção do Hospital da Mulher, que teve acesso ao vídeo gravado pelas funcionárias.

Nesta terça (12), ele teve a prisão em flagrante convertida para preventiva durante audiência de custódia e foi transferido para a cadeia de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde teria sido hostilizado pelos outros detentos. No momento, ele está sozinho em uma cela, de acordo com a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária).

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Fonte r7
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