Trump incitou ataque de 6 de janeiro após reunião “descontrolada” na Casa Branca, diz painel
Trump rebatia funcionários da Casa que apelavam para que ele admitisse a derrota na eleição de novembro de 2020 para o democrata Joe Biden
WASHINGTON (Reuters) – Parlamentares norte-americanos acusaram Donald Trump na terça-feira de incitar uma multidão de apoiadores a atacar o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, em uma última tentativa para se manter no poder, enquanto o Congresso certificava formalmente a derrota do então presidente.
Em depoimentos por vídeo mostrado pelo comitê da Câmara investigando o ataque, testemunhas descreveram uma barulhenta reunião de seis horas tarde da noite em 18 de dezembro de 2020, na qual Trump rebatia funcionários da Casa que apelavam para que ele admitisse a derrota na eleição de novembro de 2020 para o democrata Joe Biden.
Em vez disso, Trump se alinhava com conselheiros externos que o pediam para continuar fazendo alegações sem fundamento de fraude eleitoral. Membros do comitê disseram que Trump, no fim das contas, foi responsável pelo caos que se seguiu.
“O presidente Trump é um homem de 76 anos. Ele não é uma criança impressionável… Ele é responsável pelas suas próprias ações e próprias escolhas”, disse a parlamentar republicana Liz Cheney, vice-presidente do painel.
Membros do comitê dizem que Trump incitou o ataque ao se recusar a admitir que perdeu a eleição e por comentários como uma publicação no Twitter em 19 de dezembro de 2020, pouco depois da reunião de seis horas, convocando apoiadores a lotarem Washington para um “grande protesto”, dizendo, “Esteja lá, será selvagem”.
Trump, um republicano que indicou que tentará a Casa Branca novamente em 2024, nega ter cometido mal feitos e tem afirmado de maneira falsa que perdeu apenas por causa de fraude generalizada que beneficiou o democrata Biden.