No Dia do Orgulho LGBTQIA+, veja alguns pilotos representantes desta comunidade

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O dia 28 de junho é marcado em todo o planeta pela celebração do Dia do Orgulho LGBTQIA+. A data não foi escolhida por acaso: há 53 anos, houve nos Estados Unidos a “Revolta de Stonewall”, ocorrida em Nova York. Na ocasião, o bar Stone Wall-Inn, então frequentado por gays, lésbicas, drag queens e transsexuais, foi invadido por policiais que agrediram uma mulher. Os frequentadores, então, expulsaram os policiais do local e protestaram por três dias.

Neste dia especial para a comunidade LGBTQIA+, F1MANIA lista cinco pilotos que competiram no esporte a motor mundial e que se revelaram gays, lésbicas ou transsexuais.

Foto: divulgação

Lella Lombardi
A italiana, declaradamente gay, é até hoje a única mulher a conseguir pontuar em uma corrida da Fórmula 1. Lella correu de kart, foi vice-campeã da Fórmula 3 Italiana, em 1968, antes de passar pela Fórmula Ford Inglesa e pela Fórmula 5000, em 1974. Lella foi inscrita para o GP da Inglaterra do mesmo ano, mas não se classificou para a corrida.

Defendendo a March, em 1975, se classificou para o GP da África do Sul, mas abandonou. No GP da Espanha, marcado pela falta de segurança em Montjuich, com a morte de quatro pessoas em um acidente com Rolf Stommelen, Lella terminou em sexto, e ganhou meio ponto, já que a corrida não chegou aos 75% da distância oficial. Exceto em Mônaco, a italiana sempre se classificou entre os 20 melhores.

Lella deixou a F1 em 1976, e disputou as 24 Horas de Le Mans, e teve uma experiência na Nascar, onde terminou as 400 Milhas de Daytona na 31ª posição. A italiana deixou as pistas definitivamente em 1988, e morreu quatro anos depois, vítima de câncer, deixando a esposa, Fiorenza.

Foto: divulgação

Mike Beuttler
O egípcio de cidadania inglesa passou pelas F3 e F2, e correu 28 GPs na Fórmula 1 entre os anos de 1971 e 1973. Sempre com um chassi March equipado com motor Cosworth V8, Beuttler passou muito perto de pontuar no GP da Espanha de 1973, em Montjuich. Naquela ocasião, Beuttler chegou a aparecer em sexto, mas foi superado por Danny Hulme a nove voltas do final.

O piloto encerrou sua trajetória no automobilismo nos 1000 Km de Brands Hatch, em 1974. Depois, se mudou para San Francisco, nos Estados Unidos, onde se assumiu gay. Beuttler morreu em 1988, aos 48 anos, por complicações causadas pelo vírus da AIDS.

Foto: divulgação

Charlie Martin
A inglesa de 40 anos busca entrar para a história como a primeira piloto transsexual a disputar as 24 Horas de Le Mans, objetivo que traça desde que iniciou sua carreira no esporte a motor, disputando o campeonato britânico de subidas de montanhas. Em 2018, passou a correr o Ginetta GT5 Challenge.

Charlie estreou, em 2019, na Michelin Le Mans Cup, categoria da qual estreou em protótipos, correndo ao lado dos irmãos luxemburgueses Gary e David Hauser. Um ano depois, correu o tradicional VLN, campeonato de corridas de longa duração baseado na Alemanha. A piloto também disputou o campeonato virtual da Fórmula E para influencers, e segue em competições na Inglaterra desde então.

Foto: divulgação

Stephen Rhodes
A Nascar teve em Stephen Rhodes seu primeiro piloto assumidamente gay em divisões nacionais. Nascido na Carolina do Norte, estado conhecido por ser conservador, Rhodes estreou no esporte a motor em 1992, no kart. Passou por corridas em ovais de terra antes de mudar para as pistas de asfalto.

Em 2001, o piloto correu em categorias de Late Models. Dois anos depois, Rhodes se tornou o primeiro gay a correr uma prova de divisão nacional da Nascar, ao correr pela Truck Series a etapa de Bakersfield, disputada no circuito de Mesa Marin, terminando na 30ª posição. O atleta correu apenas mais uma vez na categoria das caminhonetes, terminando em 21º em Martinsville. Rhodes deixou as pistas em 2010, correndo nos Late Models.

Foto: divulgação

Danny Watts
Danny Watts teve uma carreira bem-sucedida no esporte a motor. Vencedor das 24 Horas de Le Mans na categoria LMP2 em 2010, ano em que terminou a prova na quinta posição geral, o inglês disputou outras sete vezes a mais importante corrida de endurance do planeta, deixando-a em 2016.

Watts, que também correu no WEC, na Porsche Supercup e na extinta A1GP, se assumiu gay em 2017, depois de aposentado. O ex-piloto disse que o ambiente do esporte o “obrigava a esconder” sua sexualidade por ser “muito masculino”.

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Fonte f1mania
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