Kremlin diz que os dois norte-americanos detidos na Ucrânia “colocaram militares russos em perigo”
Foi o primeiro reconhecimento formal de que a dupla está detida e sob investigação do governo da Rússia
Dois norte-americanos detidos enquanto lutavam no lado da Ucrânia da guerra eram “mercenários que colocaram em risco a vida de militares russos e devem ser responsabilizados por suas ações”, disse o Kremlin nesta segunda-feira (20)
O porta-voz russo, Dmitry Peskov, entrevistado pela rede de televisão norte-americana NBC, também afirmou que a estrela do basquete norte-americano Brittney Griner, detida na Rússia há mais de dois meses, é culpada por delitos de drogas, e não refém do governo.
O comentário de Peskov foi o primeiro reconhecimento formal de que os dois homens, identificados em reportagens nos EUA como Andy Huynh, de 27 anos, de Hartselle, Alabama; e Alexander Drueke, de 39, de Tuscaloosa, Alabama, estão detidos e sob investigação russa.
“Eles são mercenários. Eles estavam envolvidos em atividades ilegais no território da Ucrânia, como atirar e bombardear nossos militares. Eles estavam colocando vidas em risco”, disse Peskov.
“E eles devem ser responsabilizados pelos crimes que cometeram. Esses crimes precisam ser investigados… A única coisa que está clara é que eles os cometeram. Eles não são Exército ucraniano, então não estão sujeitos à Convenção de Genebra.”
Familiares informaram na semana passada que os dois foram para a Ucrânia como combatentes voluntários e desapareceram.
A mídia russa divulgou na semana passada imagens dos dois sendo capturados enquanto lutavam pela país.
Peskov não revelou o local no qual os homens estão detidos.