Comissão de Valores Mobiliários abre processo para acompanhar Petrobras

Através do processo administrativo, a Gerência de Acompanhamento de Empresas da CVM disse que vai analisar comunicados, notícias e fatos relevantes da companhia que tem ações negociadas na Bolsa de Valores

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A Comissão de Valores Mobiliários abriu um processo administrativo para acompanhar a situação da Petrobras, que entra na quarta troca de comando desde 2019. Após a saída de José Mauro Coelho e o anúncio de Fernando Borges como substituto temporário, a Gerência de Acompanhamento de Empresas da CVM disse que vai analisar comunicados, notícias e fatos relevantes da companhia que tem ações negociadas na Bolsa de Valores. O anúncio da mudança no comando da empresa chegou a causar a suspensão temporária negociações das ações da Petrobras na bolsa.

Um dos indicados pelo Governo Federal para o novo comando é Caio Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia. José Mauro Coelho vinha sofrendo diversas pressões por parte do Congresso Nacional e do Governo Federal por causa dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis. A empresa alega que segue os preços do mercado internacional. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que iria propor uma CPI para investigar a Petrobras.

Segundo o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone, uma interferência direta nos preços dos combustíveis não seria a ação ideal.

Para o economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas, as movimentações causam preocupação.

Nesta segunda-feira (20), durante discurso na cerimônia de comemoração aos 70 anos do BNDES, o ministro da Economia Paulo Guedes defendeu que parte do dinheiro que seria arrecadado com uma possível privatização da Petrobras poderia ser utilizado em ações sociais.

O primeiro a assumir a presidência, em 2019, foi o economista Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro do ano passado por Bolsonaro. Desde então, a presidência passou a ser ocupada pelo general Joaquim Silva e Luna, que permaneceu no cargo até março deste ano. Na época, o economista Adriano Pires chegou a ser indicado pelo governo ao cargo, mas, diante da instabilidade na empresa, ele não quis assumir.

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Fonte band
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